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domingo, 6 de abril de 2008

Compra-se:

1 dose generosa de determinação;
2kg de bom humor genuíno;
72h de sono bem dormido.

Paga-se bem e à vista.

quinta-feira, 13 de março de 2008

perdido há um ano

hahaha minha cabeça está tão fudida que eu achei que o aniversário de 1 ano do blog era hoje, e não ontem.

enfim, parabéns. o post especial de 1 ano fica pra quando der e vai ser basicamente sobre esse "quando der".

quarta-feira, 12 de março de 2008

BAD DAY

se não tivessem inventado o soul no começo dos anos para o jamie lidell ter que reinventá-lo branquelo, juro que eu teria me jogado na frente de um ônibus, ou melhor, assassinado com crueldade todos os passageiros - especialmente as velhinhas - do 234.


passou.


amanhã tem aniversário de um ano do perdido (!) e interpol na fundição. TEM que ser melhor.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

promessinha

Antes de comemorar 1 ano de vida deste blog (dá pra acreditar?), prometo que termino aqueles assuntos pendentes de 2007.

E sim, a frase acima teria um puto de um duplo sentido sem o hyperlink.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

o black kids e o mal costume


Dentre os vários mimos que a internet no proporcionou, o mais importante deles foi a possibilidade quase ilimitada de se obter quase qualquer informação sobre quase qualquer coisa 24h por dia. Como eu disse, quase.

O história é seguinte: era uma vez uma banda chamada Black Kids. Eles eram ótimos misturando Smiths e a fase pop do Cure com aqueles singles maravilhosos da Motown e do Phil Spector nos anos 60. Tudo isso permeado por aquelas deliciosas citações pop que nós tanto amamos, seja na música, seja nos filmes. É como imaginar que "Garota Rosa-Shocking", do John Hughes, se fosse uma banda e não um filme. As letras, basicamente, falam sobre aquela garota que dançou a noite inteira contigo e foi para casa com o namorado babaca ("I'm not gonna teach your boyfriend how to dance with you", que está no meu orkut), sobre aquela garota que você sabe que é demais para você ("Hurricane Jane" - atenha-se ao seu nível, dizia Rob Fleming) ou então sobre um daqueles dias que você deixa sua baixa auto-estima te sabotar e acaba perdendo aquela garota ("I've understimated my charm again"). Enfim: garotos, garotas, cotovelos e boa música. Não tem erro.

Até uma semana atrás, essa maravilha - eu achava - só tinha lançado um EP digital com 4 faixas, chamado "Wizard Of Ahhhs", que você DEVE baixar no site oficial da banda. Acontece que, enquanto vasculhava a internet por outros álbuns, acabei encontrando uma suposta versão diferente do EP em questão, que continha o dobro de canções, numa ordem diferente, mas com o mesmo nome, capa e tudo mais. Fiquei feliz. As 4 novas faixas são tão extraordinárias quanto as outras e uma delas se chama "I wanna be your limousine". Mas também fiquei extremamente intrigado. Seriam faixas extras da versão "física" do EP? Essa versão exisita de verdade? Eram versões ao vivo bem gravadas? Eram um outro EP? Era o sample do primeiro disco? Eram as faixas que o Axl deixou escapar do "Chinese Democracy"?

Como para todas as perguntas, há sempre uma única resposta (G-O-O-G-L-E), fui lá eu. Tentei de tudo. E nada. Nenhuma resposta sobre do que se tratavam aquelas faixas extras da minha última banda preferida. Repito: ainda não há - não que eu tenha descoberto - uma explicação concreta para existência dessas faixas. E eu estou abalado. Abalado por ter em mim esse maldito mal costume de achar que google-it e voilá, terei todas as respostas do mundo. É triste. Me ajuda?

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OK, não é um problema tão desesperador assim. Someday, somehow vou acabar descobrindo de onde surgiram as 4 faixas extras do Black Kids e tudo volta ao normal.

E, sim, eu assumo que todo esse post foi só para fazer meu próprio e merecido hype em cima da banda. Enfim, BAIXE BLACK KIDS. Aqui no site deles com as quatro faixas "oficiais", ou aqui com todas as 8.
EDIT: ao que tudo indica, essa versão diferente do EP foi entregue a uns lucky few que estiveram presentes num show que a banda fez no Athens Popfest, no segundo semestre do ano passado.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

2008, por favor!

Cansei de 2007. Cansei dos discos, dos filmes, e de várias outras coisas de 2007. Cansei do formato desse blog. 2007 foi ótimo, mas já foi. Acabem logo esse ano, por favor. Ando precisando daquela dose farta de entusiasmo dos primeiros de janeiros. Mais alguém?

"Next Year, things are gonna change,
Gonna drink less beer and start all over again
Gonna read more books, gonna keep up with the news
Gonna learn how to cook, spend less money on shoes
I’ll pay my bills on time, and file my mail away, everyday
Only drink the finest wine, and call my Gran every Sunday"

("Next year", Jamie Cullum)

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

um dia inútil

o meu cérebro definitivamente não funciona acima de certas temperaturas.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

i have no idea what i'm talking about

- Entrevista de estágio (3 à 4 horas)
- Trabalho (6 horas)
- Faculdade (3 horas)
- Trânsito
- "In Rainbows"
- Terminar 3 textos
- Comprar passagem
- Arrumar mala
- Dormir
- Viajar

E tudo isso até a manhã de sexta-feira.

sábado, 6 de outubro de 2007

o Festival do Rio, o incêndio, o Radiohead e o resto

Eu tenho dormido muito mal. Daí vem o mal humor, a preguiça, a falta de saco, etc. E isso não tem nada a ver com o resto do mundo. Só que dá para as coisas acontecerem de uma maneira racional, por exemplo, cada coisa de uma vez?

Enfim...

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O Festival do Rio acabou e o saldo foi bom, mas acho que um pouco inferior ao ano passado. Estava mais vazio, a seleção de filmes brasileiros estava menos quentes e quase toda atenção ficou com o "Tropa de Elite", que eu não vi. (E já estreou. E estou com preguiça de ir até o cinema). Tiveram grandes filmes ("Control" e "Sonhando Acordado", principalmente), claro, mas acho que faltou uma grande surpresa, como foi o "Proibido Proibir" ano passado. Uma penca de filmes eu não vi por que vão para o circuitão e vários outros por que a preguiça me impediu ("Paranoid Park", "Kurt Cobain: Retrato de Uma Ausência", "Déficit" e "A Era da Inocência"). De qualquer forma seguem as últimas mini-resenhas e a lista final. Eu ia tirar uma foto bacana com todas as entradas. Não tirei.

- "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" (Cristian Mungiu, 2007) - Nota: 8,5
É muito triste e muito forte. Mungiu levou a Palma de Ouro exatamente por conseguir extrair grande beleza desse mundo cão. Bela e inusitada fotografia.

- "Controle, A História de Ian Curtis" (Anton Corbjin, 2007) - Nota: 10,0
É tão maravilhoso quanto se espera. Não vale falar que é uma ótima história. É impressionante ver o quanto da fotografia Corbjin trouxe para o cinema, às vezes parece que o filme ~soa fotos em movimento de tão impactantes que são. Não tinha como dar erado e não deu.

- "O Búfalo Da Noite" (Jorge Hernandez Aldana, 2007) - Nota: 3,0
É um daqueles filmes que você sabe que alguém errou, mas não dá para precisar exatamente quem. O roteiro é confuso, vai e volta no tempo, se perde em tentar fazer o espectador acreditar que o filme é sobre outra coisa que não sobre a loucura. A direção também se perde na tentativa de fazer o do filme um thirller, um filme de terror, de suspense, para no final o filme não ser nada mais do que um romance poético. Difícil aceitar um filme cujo ponto forte é a trilha do Mars Volta.

- "I'm Not There" (Todd Haynes, 2007) - Nota: 9,0
É o filme-biografia mais interessante formalmente que você vai ver em muito tempo. Todd Haynes estilhaça Dylan em 6 personas diferentes para fazer disso uma grande investigação do mito, e não da pessoa. Não é um filme sobre Robert Allen Zimmerman (para isso, veja o "No Direction Home" do Scorcese), é sobre Dylan, ou melhor, é sobre a mania da cultura pop de construir seus próprios ídolos.

FESTIVAL DO RIO 2007 - Lista Final
1) "Controle, a História de Ian Curtis" (Anton Corbjin, 2007) - 10,0
2) "Sonhando Acordado" (Michel Gondry, 2006) - 10,0
3) "O Expresso Darjeeing" (Wes Anderson, 2007) - 9,5
4) "I'm Not There" (Todd Haynes, 2007) - 9,0
5) "A Via Láctea" (Lina Chamie, 2007) - 9,0
6) "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" (Cristian Mungiu, 2007) - 8,5
7) "Annie Leibovitz: Vidas Retratadas" (Barbara Leibovitz, 2007) - 8,5
8) "Império dos Sonhos" (David Lynch, 2007) - 8,0
9) "Cashback" (Sean Willis, 2006) - 8,0
10) "Shortbus" (John Cameron Mitchell, 2006) - 7,5
11) "Antiga Alegria" (Kelly Reichardt, 2006) - 6,5
12) "Em Paris" (Christophe Honoré, 2006) - 4,5
13) "I'm A Cyborg, But That's OK" (Chan-wook Park, 2006) - 3,5
14) "O Búfalo da Noite" (Jorge Hernandez Aldana, 2007) - Nota: 3,0
15) "Garçonete" (Adrienne Shelly, 2007) - Nota: 1,0
16) "Onde Andará Dulce Veiga?" (Guilherme de Almeida Prado, 2007) - Nota: zero

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A UERJ pegou fogo. É, fogo. Com direito a bombeiros, plantão na Globo e vários fotos que parecem vindas do Iraque. Segundo o reitor e o diretor do minha faculdade, a situação está normalizada, depois de uma semana. As aulas voltam segunda. Detalhe: o laudo final só sai em 30 dias. Ou seja, a idéia é arriscarmos nossas vidas durante um mês, saca?

Justo agora que as coisas pareciam estar no caminho certo.

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Além disso tem o disco do Radiohead. Eu fico feliz de ter feito uma das primeiras matérias (a primeira?) do Brasil sobre o disco, tipo dez horas da noite de domingo passado. Fiquei muito empolgado com toda história do "quer pagar quanto?" e isso de certa forma foi a causa da minha decepção. A reação ficou muito aquém do esperado, tanto do público comum, quanto do especializado. Parece que todo mundo ficou "ah, o Radiohead vai lançar um novo disco. ok, sigamos com nossas vidas".

Ninguém está se ligando ao fato de que a banda mais importante do mundo acaba de se por forada maneira que a música pop é comercializada desde de seu início. Para o Radiohead, não há mais gravadoras. E é você quem decide quanto vale a música deles. A indústria fonográfica acabou, e quem está dizendo isso é só o Radiohead.

E, oras, é o disco novo do Radiohead.

By the way, eu não paguei nada pelo disco. Queria a tal da DISCBOX, mas esse mês a grana está curta.

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Planeta Terra dia 10 de novembro, LCD Soundsystem e The Field no dia 13.

Partiu São Paulo. Quase confirmadão.

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Essa opinião é da minha mãe, e nos últimos dias tenho concordado com ela: preciso cuidar mais de mim.

Não é?
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"Gotta find my destiny, before it gets too late."

("24 Hours", Joy Division)

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

how i realise how i wanted time

A citação do título é do Joy Division, "24 Hours", uma das preferidas. Descreve bem o momento. Sem tem, sem tempo. Coelho da Alice total.

As últimas semanas tem sido lotadas de acontecimentos estranhos e eu devia falar sobre eles. Mas não. Tem muita coisa pela frente e eu realmente não posso ficar falando e pensando no que já foi, posso?

Muito trabalho, aulas em dois turnos diferentes, umas 10 matérias pra escrever (pra faculdade, pra ymsk, pra mim), uns 3 ou 4 trabalhos pra próximas semanas, várias coisa pendentes pro centro acadêmico, várias conversas pra ser ter, várias coisa pra pensar, várias coisas pra ouvir, várias coisas pra ler, três viagens agendadas (São João Del Rey, P4 e SP), alguns shows, o Festival do Rio chegando...

Sem tempo!

O que há de mais legal nessa história (se é que há) é que mesmo com tanta coisa mal resolvida, eu não consigo nem começar a pensar nisso. E, de certa forma, é bem melhor não pensar. Por enquanto.

Por exemplo, esse post acaba aqui. E deve ter uns mil erros ortográficos porque foi digitado na pressa. Tem um show do Vanguart aqui no Rio e ele tem que virar matéria pra amanhã. To correndo.

domingo, 2 de setembro de 2007

what was i thinking when i said it didn't hurt?



Concorde comigo: Jeff Twedy tem uma música para qualquer situação da sua vida.

Eu ainda consigo dizer alguma coisa que provoque uma reação. Qualquer reação.

Granada de mão? Agora?

sábado, 25 de agosto de 2007

nuvens, muros e carros desgovernados

Paira nas últimas semanas uma nuvem um tanto espessa de melancolia. Os dias continuam frios, apesar do sol forte, do inverno já estar no fim e de estarmos no Rio de Janeiro. Mas mesmo que o céu esteja tão azul quanto há tempos eu via, a tal nuvem imaginária esta ali, parada, imóvel e me seguindo. Não, ela não me envolve. Pelo menos ainda não me envolveu.

Agosto tem sido um mês chato, bem chato. Tedioso, na verdade. Odeio essa história de ficar de semi-férias, de ficar fazendo porra nenhuma só parte do dia, e não o dia inteiro. Pela primeira vez em algum tempo, eu tenho um certa rotina. Há algum tempo precisava disso, eu acho. Cansei. Daqui há uns dois dias toda essa rotina vai se dissolver num caos, ou numa falta de tempo para qualquer coisa essencialmente divertida, que eu nem quero pensar. Aí, talvez a nuvem chegue de vez, e eu volte a ouvir o "The Queen Is Dead" e coisas da carreira solo do Morrissey várias vezes por semana, tenha vontade de rever "Lost In Translation" tanta vezes quanto possível. Ou não.
O mundo anda melacólico - olhe os jornais! - e eu teria todas as razões para estar. Seja por causa da música, seja pela falta completa de racionalidade dos meus instintos, há um esperança quase irritante que não quer me deixar. Irritante porque me mantém com os mesmos desejos na cabeça. Qualquer pessoa racional, eu acho, desistiria, se entregaria a nuvem e tempos depois levantaria a cabeça e partiria pra outra. Mas essa esperança, um carro quase desgovernado, não vira a esquina nem desliga o motor. Sempre em frente. O problema é que pode haver um muro, um poste ou algo suficiente duro para estraçalhar comigo, logo ali.

Óbvio, que o muro não é tão óbvio - pelo menos eu não quero que seja. Antes eu não tivesse dado um tiro no próprio pé naquele dia. Aí, tudo seria bem mais claro e fácil de lidar. Não teria tanto medo assim de bater de cara no muro, nem me afundar e chafurdar na melancolia da tal nuvem. Tudo poderia ser e ter sido mais normal. Ter um caminho só, sem tantas distrações e esquinas e paradas bruscas e outros carros correndo ao mesmo tempo. Concordo com Rob Fleming: meus instintos não tem cérebro, definitivamente. Ainda mais completamente entorpecidos de etanol.
Enfim, nada resolvido. E que permaneça assim até setembro. Agosto está chato demais pra um surto completo.

domingo, 19 de agosto de 2007

"Antes que eu me esqueça", Vanguart

antes que eu me esqueça
da minha cabeça
escreve teu nome
nesse papel

já faz algum tempo
que não somos amigos
E eu quero esquecê-la
renovar meu abrigo

mas o tempo é piada
enquanto eu sou quase
nada
e eu só penso em tê-la
antes que eu me esqueça
da minha cabeça

e o que resta é tão pouco
como eu sou pouco contigo
mas você em mim exagera
e és meu mais novo vacilo

vou me distrair, vou
pestanejar, vou
engatilhar, talvez
disparar e ai de você
se não me entender
não faças caso, ou vou me
perder entre chuva má ou
mágoa sem cessar
como um dia frio longe do
mar e ai de você se não
me entender eu vou
quebrar teus olhos
você vai se entregar.

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Será mesmo?
Enfim, não sei.
Volto logo a postar mais por aqui, acho.

sábado, 28 de julho de 2007

I'm only what I see sometimes



"Fireworks", Animal Collective ("Strawberry Jam", 2007)

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Eu acredito nos riffs

Eu não gosto de Junho nem de Julho. O argumento astrológico (para quem acredita) é que esses dias antes do aniversário marcam o que chama-se de inferno astral, período de turbulências lá nos astros que acabam afetando nossas vida.

Baboseria ou não, eu nunca gostei muito de Junho e nem de Julho. Sério, acho que percebi isso com uns 14 ou 15 anos, e fez tanto sentido que coloquei essa conclusão num daqueles pedestais imaginários de grandes certezas pessoais que a gente às vezes tira do armário para exibir ou consolar.

As últimas semanas, te digo, não foram nada fáceis. Muita coisa aconteceu, muita coisa mudou e eu ainda estou tentado me acertar nesse novo traçado de algumas áreas da minha vida. Há muita coisa a resolver, e eu nem sei por onde começar.

Mas eu me conheço o suficiente para saber que surtar agora não é uma idéia bem vinda. Pelo contrário, Foco, meu caro, a apalvra de ordem é Foco. E lucidez.

Sorte que eu ainda tenho o rock para me por no caminho certo. Como só ele é capaz, o rock é uma das poucas coisas que conseguem trazer um pouco de estabilidade. Não sei se me faço compreender, mas sabe um daqueles dias atolados de outros pequenos problemas em que você chega em casa tão cansado que tudo que você queria era um prato de qualquer comida e um colchão fuleiro? Aqueles dias caóticos em tudo o que você procura é um pouco de estabilidade que te faça abstrair, ou melhor, colocar em perspectiva todos os grandes problemas? E de repente você se depara com um disco de rock, cheio de riffs e me melodias ganchudas e letras que mesmo que obviamente não sejam feitas para você acabam sendo feitas para você.

É aí que está um dos grandes trunfos do rock. Essa capacidade de te por de pé, de te fazer olhar no espelho e pensar "você consegue, garotão". Tudo na capsula de um bom riff de guitarra.

Poucas sensações são melhores do que chegar em casa, ligar o computador, baixar um disco novo e descobrir que aqueles minutos de download valeram muito a pena e se deleitar com novos riffs, novas melodias, novas tiradas espertas.

Na verdade, todo esse texto é por causa desses efeitos provocados pelo segundo trabalho dos gaúchos do Superguidis, "A Amarga Sinfonia Do Superstar". O título do post vem de "Riffs", faixa escondida que encerra o disco. E que disco! São rocks fodidos, cheios de bons riffs e letras espertas, com tiradas mais espertas ainda. O álbum de estréia prometia, mas nem nas minhas melhores especulaçóes eu esperava tanto deles.

"A Amarga Sinfonia Do Superstar" é fácil um dos discos do ano. E melhor que isso, ele é o MEU disco de agora, desse momento, desse feeling. Aquela faísca de estabilidade espontânea que eu tanto busco na música.

Por isso, obrigado, muito obrigado meu querido rock n' roll.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Nothing's changed, I still love you...

...oh, I still love you.
Only slightly, only slightly less than I used to, my love.




Pena que é mentira.

sábado, 23 de junho de 2007

my heart's burning up, my head divide

A vontade mesmo é de ficar batendo a cabeça da parede, enquanto escuto as distorções matadoras de Kevin Shields em "You never should", música obrigatória do primeiro disco do My Bloody Valentine ("Isn't Anything", 1988).

Um tipo estranho de tédio consome minhas horas, há umas duas semanas. Não é falta do que fazer, é pura falta de coragem para fazer alguma coisa. Na verdade, pendências não faltam: trabalhos para entregar, centenas de páginas para ler, MUITA coisa para escrever (jornalisticamente, ou não), milhares de e-mails para serem enviados, decisões a tomar...

Mas aí eu me pergunto, por que não agora?

O fato é que, para mim, junho costumeiramente é um mês de crise, de má sorte, em que tudo se dá ao luxo de sair um pouco dos trilhos, no pior dos sentidos.

Meus 19 anos se aproximam e os milhares de projetos que zunem pela minha cabeça são sabotados por um pouco dessa letargia trazida por Junho, um mês em que o lá-fora costuma ser muito mais belo (o frio, o sol fraco, o céu cheio de estrelas) do que o aqui-dentro.

Fico pensando se foram realmente erradas - em relação a mim - as últimas atitudes que tomei, e chego a conclusão que não. Se toda minha argumentação até aqui foi que certas coisas são completamente independetes de outras (mesmo que sejam, na verdade, da mesma natureza), então acho que não devo acumular mais culpa do que as antigas. Fui eu quem apertou o gatilho, mas o alvo era outro, não o meu próprio pé.

Chega de desculpas. Chega de culpas. Chega de pensar em todos os amanhãs. Pensar em todos os amanhãs é pura auto-sabotagem disfarçada de esperança dos que já perderam a esperança. E eu já devia ter aprendido essa lição.

O que eu preciso mesmo é de um tapa na cara, porque das doses de vodka barata eu já desisti.

A trilha sonora do meu agora seria "Gonna make you love me" do Ryan Adams, não pela letra, mas por todo aquele climão de "ainda-sorrindo-depois-de-tudo-garotão". Pena que o meu "Gold" ficou perdido no meio desse tudo.

Não tem muito como ser diferente. Eu vou tentar mais uma vez. (E quantas mais for preciso).