sábado, 24 de março de 2007

24/03/2007, 1:00 AM

Nesse momento deve ser quase 1h da madrugada. Eu não estou na frente de um computador. Ainda divido o PC com minha irmã, e enfim, ele não fica no meu quarto. Escrevo à mão. Irônico.


No som agora toca "Mesmo que mude", da Bidê Ou Balde. No repeat. Antes já rolaram algumas novas do Maxïmo Park (as doloridas "By the monument" e "Parisian skies"), o disco novo do Rakes (bunda), as duas legais do novo do Kaiser Chiefs ("Ruby", "Love's not a competition (but I'm winning)", além de bastante coisa do debut do Voxtrot. E Bidê Ou Balde.


Não sou fã de Bidê Ou Balde. Dois álbuns OK, um nem tão OK. O que rola agora é o "nem tão OK". Tem duas músicas bacanas na verdade. E "Mesmo que mude".
O caso é o seguinte: tive uma conversa de MSN esses dias que estava baseada no refrão de "Mesmo que mude", e, por mais que a pessoa do outro lado do monitor não soubesse de nada, a conversa toda me fez chegar a algumas conclusões interessantes.


Primeira e óbvia: eu gosto pra caralho de "Mesmo que mude". É simples, é direta, é docinha, magoadinha. Dá pra dançar. Dá também pra chorar (eeeeeeeemo!). Dá pra sorrir também. E dá pra cantar junto. Pop perfeito. Uma vida inteira em três minutos.


Segunda e menos importante (porque na verdade eu já havia chegado até aqui antes): tem coisa que nunca vão embora. Elas continuam ali, se transformando em outras. Parece brega e muito mais profundo do que é na verdade, mas algumas coisas ("coisas" é para ser mais genérico) são como aquele ciclo da água que a gente aprende em eras imemoriais do ensino fundamental. Á água cai do céu. Vai pro Rio. Chega ao mar. Evapora. E cai de novo. E é a mesma água. Idiota e brega como eu tinha dito, porém um bom exemplo pra exemplificar minha conclusão.


Terceira, última e importante: tá tudo muito fodido. Depois de algumas crises, que mais pareciam falácias de auto-misericórdia entediada (valeu, Moz!). Agora, repito, tá tudo muito fodido. TÃO FODIDO, MAS TÃO FODIDO que te digo que algumas música do New Order tão fazendo um sentido absurdo. Pode (e deve) fazer nenhum sentido (a conclusão de que o New Order tá fazendo sentido, nãoo fato do New Order fazer sentido, saca?), mas pra mim isso é uma situação muito bizarra e realmente desesperadora. Tá tudo muito fodido mesmo.


Tão fodido que eu vou colocar New Order, só de masoquismo. New Order velhão, anos 80, antes da "Substance". Masoquismo puro.


Afinal, é preciso dar vazão aos sentimentos, mesmo que eles mudem. E o trocadilho foi babacão. Eu sei. Até os trocadilhos tão fodidos.
Rezemos.

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