terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

popzinhos novos de terça


Kanye West e sua protegida britânica Estelle no clipe do novo single dela, "American boy"...


...e os Guillemots de volta em vermelho, bradando o desamor.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Partiu?



Mallu Magalhães @ Cinematéque Jam Club
28 de Março de 2008
Horário: ???
Preço: ???

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Melhores Músicas de 2007: 40 - 31

40) "Foundations" MP3
Kate Nash
Quem pode culpá-las? Elas cresceram ouvindo Spice Girls e assistindo Sex & The City. Aí aprenderam a tocar violão. E sobrou para nós, homens, aguentar dezenas de canções de dezenas de garotas diferentes sobre como nós somos uns babacas. Como pop, "Foundations" é adorável, mas como ato de repúdio dá saudade do tempo em que só existia a PJ Harvey.

39) "Sipping on sweet nectar" MP3
Jens Lekman
Na sua jornada para se tornar o Sinitra indie, Jens Lekman faz uma parada acertada no tempo. Sai a mistura entre o indie pop noventista (Belle And Sebastian, Magnectic Fields) e o cancioneiro clássico dos 50, para entrar de pé no momento fugidio entre os singles da Motown dos 60's e a disco-music dos 70's. (Indie) Pop clássico para fãs de Camera Obscura e Bee Gees.

38) "I taught myself how to grow old" MP3
Ryan Adams
Canção-chave de "Easy Tiger", "I taught myself how to grow old" flagra o melhor compositor de sua geração no momento exato em que esse reaprendeu a sobreviver, depois de experimentar o colapso. No escuro, a gaita chorosa vai dando espaço a um violão tímido, para então servir de cama para o vocal emocionado de Adams, nos conduzindo à claridade branda da sua maturidade. Ryan está de volta, brilhante como sempre.

37) "Apenas leia" MP3
Superguidis

Amarando as pontas soltas entre o indie velho (aquela guitarra do Dinosaur Jr. ou do Guided By Voices) e o indie novo (na levada do Rakes ou do Wombats), o Superguidis fez em "Apenas leia" um tratado de poucas palavras sobre se cansar de bater nas mesmas portas fechadas e falar aquelas coisas legais para quem não quer te ouvir. No mais, não perca a vida toda usando wellaton.

36) "Blood red blood" MP3
Voxtrot
"Oh I'm just trying to do my best / I'm not afraid of life, I'm afraid of death / build my love in the things I say / you've gotta lift your face to the breaking day". São poucas as bandas que conseguiriam transformar em emoção sincera a pieguice do refrão acima. E uma delas é o Voxtrot. Não há cinismo nem ironia na voz de Ramesh Srivastava e isso, apoiado nas suas belas melodias, é talvez o que faça o Voxtrot uma das melhores bandas atuais.

35) "Someone great" MP3
LCD Soundsystem
Você olha pro vazio. Vai buscar água e a geladeira parece ser a única coisa que fazer sentido. A melhor música possível é a da água fria do chuveiro caindo sobre sua cabeça. Aquele velho seriado idiota na TV serve para te fazer esquecer daquelas frase de climáx de comédia romântica que você gostaria ter soltado na noite passada. Seu mundo não acabou, mas, por hoje, qualquer sentido que ela podia ter, se foi. Juntando as pontas soltas entre o synth pop oitentista e a eletrônica minimalista, James Murphy encapsulou toda a desolação da fossa num única música. E ainda tem gente que diz que não há alma na música eletrônica.

34) "Our life is not a movie or maybe" MP3
Okkervil River
Esse single arrebatador que antecedeu o quarto disco dos americanos do Okkervil River é um grande paradoxo. Num efeito brilhante, a letra diz que nossas vidas são filmes ruins, sem climáx e beijo romântico no final, enquanto o instrumental ecoa Bruce Springsteen e a voz emocionada de Will Sheff aparece épica como num grande clássico hollywoodiano. Simples e catártica.

33) "Us placers" MP3
CRS
Essa é daquelas "não tinha como dar errado". O CRS - Child Rebellion Soldiers ou Chicago Runs Sheet - é na verdade a junção dos três melhores rappers desses tempos, Kanye west + Lupe Fiasco + Pharell. A mania de colaboração é coisa velha no pop americano, mas ás vezes produz maravilhas como essa. Não bastasse o flow perfeito dos três, "Us placers" é basicamente uma reconstrução de "The eraser", faixa-título e obra-prima do álbum solo de Thom Yorke.

32) "The past is a grotesque animal" MP3
Of Montreal
O Bowie paranóico e invetivo de Berlin tendo como banda de apoio os Flaming Lips se os Flaming Lips tocassem synth pop oitentista fuleiro. Essa base repetitiva e maravilhosa fazendo cama para uma letra que parece de um Morrissey com problemas hiper-grafia ou um Pete Wentz, se esse tivesse lido algum livro além de Harry Potter. O Of Montreal é freak desse jeito, mas como nenhuma outra banda atual, eles conseguem transformar toda essa estranheza em algo brilhante e emocionalmente devastador.

31) "Umbrella" MP3
Rihanna feat. Jay-Z

Não se engane, por trás do sorriso maroto (ha!) e das curvas cuidadosamente esculpidas, existe muita esperteza - ou pelo menos um bom assessor. Depois de samplear Soft Cell (óbvio, mas eficiente) e meter medo na Beyoncé com a maravilhosa "S.O.S." (2006), Rihanna chamou Jay-Z "na chincha" para tomar de assalto as paradas do mundo inteiro. E fez isso da maneira mais estranha possível. "Umbrella" passa longe de uma hit song comum, é fria, dark, e com um batimento seco e lento. No fim das contas, soa como uma canção do Public Enemy produzida pelo Martin Henett, com uma letra de electro paranóico (que a Kylie Minogue daria os dentes para ter gravado) que caí perfeita na cama de sintetisadores ecoando as fases mais ecuras do Depeche Mode. Como eu disse, não se engane: "Umbrella" é pop perfeito, mas não da maneira que estamos acostumados.
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sábado, 23 de fevereiro de 2008

sobre o oscar e outras coisas

Se existe uma coisa que eu adoro em mim é essa esperteza auto-crítica e auto-misericordiósa de lonely boy que eu carrego pela minha vida. Saca o diálogo:

livio diz:
eu fui rever juno e sangue negro.
(...)
Bernardo diz:
foste sozinho?
livio diz:
com um balde de pipoca e um litro de refrigerante.

Só faltou um "com quem mais?" no fim da minha última frase para isso poder estar num roteiro de filme indie-sensação ou - deixa eu ser pretensioso - numa letra do Morrissey (ou do Jarvis Cocker, ou do do Brendan Benson, ou dos Los Campesinos, ou dos Black Kids...).

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That said, vamos ao Oscar.

Acho que pela primeira vez vi todos os 5 indicados a Melhor Filme antes da premiação. Num top, ficaria assim:

1- Sangue Negro
2- Juno/Onde Os Fracos Não Tem Vez
4- Desejo e Reparação
5- Conduta de Risco

"Sangue Negro" é o grande filme dos últimos anos, não tenha dúvida. É um épico que serve como reflexo para o estado das coisas nesses tempos tão negros quanto o petróleo que Daniel Plainview almeja. E não me venha com essa que Daniel Plainview é o vilão do ano.

Ele não é vilão coisa nenhuma. Nada de essência da maldade ou coisa do tipo (deixe essas considerações para o Anton Chigurh). Ele é humano e isso é o mais aterrador. O Chigurh de "Onde Os Fracos Não Tem Vez" é com certeza amedrontador, mas é um só personagem de ficção (você não vê pessoas com pistolas de ar comprimido antando por aí, vê?). Daniel Plainview, seja pela pertubora atuação do Daniel Day-Lewis ou não, é carne, osso e mal-estar perfeitamente tangível. Daniel Plainview sou eu, é você e é sua mãe. I drink your milkshake. I drink it up.

Sociologia a parte, "Sangue Negro" também é uma aula de cinema. Muitos podem reclamar do roteiro e da montagem. É sim um filme lento, difícil, mas, ei, nem tudo é um clipe do Hype Willians. PT Anderson conduz seu filme como um veículo do que o seus personagens significam. Por exemplo, quando a raiva toma conta de Plainview, a onda negra surge por de trás dele ameaçadora. Quando toda sua ganância se mostra, a brasa da fogueira ilumina seu rosto e, em especial, seus olhos de um vermelho único.

A cena final entra fácil num hall de melhores de todos os tempos. "I'm finished". O quão genial é isso?

É um filme pertubador, conduzido por uma trilha perturbadora, feito por um diretor perturbador. É um clássico, mesmo que você não pense assim agora.

"Onde Os Fracos Não Tem Vez" é também um grande filme sobre o mesmo tema de "Sangue Negro". Mas devido a imensidão desse, parece pequeno.

O roteiro é brilhante - nervoso, fechado e com um final instigante - e o Javier Bardem mereceria o Oscar de Melho Ator (coadjuvante my ass), se esse não fosse inteiro do Day-Lewis.

"Juno" é ultra-amável e complementar ao seus dois principais concorrentes no Oscar. Costumo dizer que não acredito em nada mais além do amor e da música (o quão piegas é isso?) e "Juno" é cheio dessas duas coisas que nos fazem continuar. No mínimo, reconfortante.

"Desejo e Reparação" seria um grande filme se os outros não fossem melhores. É bom, mas old-Hollywood demais para esses tempos. Tem grandes cenas (a da guerra é fabulosa), sotaque inglês de primeira e uma bela trilha sonora, mas talvez se torne ainda menor quando eu ler o livro (está na lista), o assim chamado "primeiro grande romance do século XXI".

E enfim temos "Conduta de Risco", um thriller-político bem feito igual a tantos outros. Está na lista, eu acho, porque todos amam o George Clonney. Ou então pela campanha maciça que os produtores vêm fazendo junto à academia, como conta a Ana Maria Bahiana no blog dela. Se ganhar, vai ser um mico gigante.

No mais, vamos ao bolão. (Indicações aqui)

Melhor Filme
Quem merecia: "Sangue Negro"
Quem ganha: "Onde Os Fracos Não Tem Vez" ou "Juno", por serem infinitamente mais Hollywood-friendly do que meu preferido.

Melhor Diretor
Quem merecia: Paul Thomas Anderson por "Sangue Negro".
Quem ganha: Os Coen ("Onde Os Fracos Não Têm Vez") ou o Julien Schnabel por "O Escafrando e a Borboleta" (ainda inédito no Brasil) que levou o Cannes e o Globo de Ouro.

Melhor Ator
Quem ganha e merece ganhar: Daniel Day-Lewis. Se derem o Oscar para o Clonney, vai ser um micão, por que ele ganhou merecidamente pelo mesmo papel há dois anos atrás. Se derem para o Depp, é por reparação histórica indevida.

Melhor Atriz
Quem ganha: Marion Cotillard ou Julie Christie. Na verdade, só vi mesmo a Ellen Page (good, not great), então não me atrevo ir além do feijão-com-arroz.

Melhor Ator Coadjuvante
Quem ganha e merece ganhar: Javier Bardem. Devia estar na categoria principal (o filme é todo dele), mas é até bom que não esteja para não disputar com o Day-Lewis.

Melhor Atriz Coadjuvante
Quem ganha e merece ganhar: Cate Blanchett. Ainda não vai ser dessa vez que ela leva melhor atriz, e ela merece mais por interpretar um Dylan melhor do que 5 marmanjos no filme que eu resenhei aqui.

Melhor Roteiro Original
Quem ganha e merece ganhar: "Juno". É aqui que os independentes fazem a festa. Só tomar cuidado com "The Savages" outro indie forte.

Melhor Roteiro Adaptado
Quem ganha e merece ganhar: "Onde Os Fracos Não Têm Vez". Em questão de roteiro, os Coens não são fáceis de bater.

Fotografia
Quem ganha e merece ganhar: "Sangue Negro".

Direção de Arte e Figurino
Quem ganha: "Desejo e Reparação", como prêmios de consolação.

Filme de Animação
Quem ganha: "Ratatouille". Pixar sempre imbatível, mesmo sem ter visto "Persepolis".

Trilha Sonora
Quem ganha: "Desejo e Reparação".

Canção
Quem ganha: alguma das três de "Encantada", mas eu preferia "Falling slowly" do "Once", que ainda não estreiou aqui no Brasil.

Maquiagem
Quem ganha: "Piratas do Caribe".

Efeitos Visuais
Quem ganha: "Transformers".

Montagem Sonora
Quem ganha: "O Ultimato Bourne".

Mixagem Sonora
Quem ganha: "Os Indomáveis".

Filme Estrangeiro
Quem ganha: "Beaufort".

Documentário Longa
Quem ganha: “Taxi to the Dark Side”.

Documentário Curta
Quem ganha: “Sari’s Mother”.

Animação Curta
Quem ganha: "Peter & The Wolf".

os fakes inteligentes

Os fakes do orkut - aquelas popozudas que te deixam scraps sobre o "ex-namorado (aquele canalha)" que colocou os vídeos delas na rede - estão ficando pseudo-intelectuais. Olha que profunda a última mensagem que me deixaram:

"Será possível amar a coletividade sem nunca ter amado profundamente criaturas humanas individuais?"

Ein?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

promessinha

Antes de comemorar 1 ano de vida deste blog (dá pra acreditar?), prometo que termino aqueles assuntos pendentes de 2007.

E sim, a frase acima teria um puto de um duplo sentido sem o hyperlink.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

o black kids e o mal costume


Dentre os vários mimos que a internet no proporcionou, o mais importante deles foi a possibilidade quase ilimitada de se obter quase qualquer informação sobre quase qualquer coisa 24h por dia. Como eu disse, quase.

O história é seguinte: era uma vez uma banda chamada Black Kids. Eles eram ótimos misturando Smiths e a fase pop do Cure com aqueles singles maravilhosos da Motown e do Phil Spector nos anos 60. Tudo isso permeado por aquelas deliciosas citações pop que nós tanto amamos, seja na música, seja nos filmes. É como imaginar que "Garota Rosa-Shocking", do John Hughes, se fosse uma banda e não um filme. As letras, basicamente, falam sobre aquela garota que dançou a noite inteira contigo e foi para casa com o namorado babaca ("I'm not gonna teach your boyfriend how to dance with you", que está no meu orkut), sobre aquela garota que você sabe que é demais para você ("Hurricane Jane" - atenha-se ao seu nível, dizia Rob Fleming) ou então sobre um daqueles dias que você deixa sua baixa auto-estima te sabotar e acaba perdendo aquela garota ("I've understimated my charm again"). Enfim: garotos, garotas, cotovelos e boa música. Não tem erro.

Até uma semana atrás, essa maravilha - eu achava - só tinha lançado um EP digital com 4 faixas, chamado "Wizard Of Ahhhs", que você DEVE baixar no site oficial da banda. Acontece que, enquanto vasculhava a internet por outros álbuns, acabei encontrando uma suposta versão diferente do EP em questão, que continha o dobro de canções, numa ordem diferente, mas com o mesmo nome, capa e tudo mais. Fiquei feliz. As 4 novas faixas são tão extraordinárias quanto as outras e uma delas se chama "I wanna be your limousine". Mas também fiquei extremamente intrigado. Seriam faixas extras da versão "física" do EP? Essa versão exisita de verdade? Eram versões ao vivo bem gravadas? Eram um outro EP? Era o sample do primeiro disco? Eram as faixas que o Axl deixou escapar do "Chinese Democracy"?

Como para todas as perguntas, há sempre uma única resposta (G-O-O-G-L-E), fui lá eu. Tentei de tudo. E nada. Nenhuma resposta sobre do que se tratavam aquelas faixas extras da minha última banda preferida. Repito: ainda não há - não que eu tenha descoberto - uma explicação concreta para existência dessas faixas. E eu estou abalado. Abalado por ter em mim esse maldito mal costume de achar que google-it e voilá, terei todas as respostas do mundo. É triste. Me ajuda?

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OK, não é um problema tão desesperador assim. Someday, somehow vou acabar descobrindo de onde surgiram as 4 faixas extras do Black Kids e tudo volta ao normal.

E, sim, eu assumo que todo esse post foi só para fazer meu próprio e merecido hype em cima da banda. Enfim, BAIXE BLACK KIDS. Aqui no site deles com as quatro faixas "oficiais", ou aqui com todas as 8.
EDIT: ao que tudo indica, essa versão diferente do EP foi entregue a uns lucky few que estiveram presentes num show que a banda fez no Athens Popfest, no segundo semestre do ano passado.

Rendição?

Assim, cantando em português, a Mallu quase me conquista.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

ahhhhh!





Na W Magazine de março.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Acompanhe o Grammy comigo!

Tchram!

Chega junto comigo e com o Kanye para acompanhar ao vivo o Grammy 2008!


A festa vai ser chata, - todo mundo sabe (é o Grammy, oras...) - mas vai que eu deixe ela mais divertida. E a Winehouse pode dar vexame, e rolando isso, vai ser lindo, não?


Só passar lá no YMSKBlog a partir das 22h de hoje.