segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

se não deu, dará

Enfim, 2007 acabou e eu deixei um monte de coisas sem fazer.
2008 é amanhã, daqui a pouco. Espera que logo tudo volta ao normal. Eu espero.

Bjundas e feliz 2008 com LCD Soundsystem!

sábado, 15 de dezembro de 2007

go slowly

"Go slowly
Go slowly
I've been waiting
Pacing pacing
I've been waiting
And nowI can see"
(Radiohead - Go slowly)

Estou nessa. Devagar, devagar. Só na espera de 2008 (e da DISCBOX).
Enquanto isso, vão rolar umas coisas legais aqui e lá na YMSK (acho).
Na edição de dezembro deve ter texto do Vanguart e alguns escritos para nossa lista de melhores discos. E This Is It nova. Semana que vem, acho.

Daí, depois do Natal rola aqui a master-list de discos do Livio, 50 melhores comentados, listinhas de shows e melhores músicas, alguns escritos variados sobre o fim de ano, além de uma mixtape supimpa pros amigos.

No mais, vamos sorrir e ser felizes.

doismileoitovaiserlindo!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

inrainbowsinrainbowsinrainbows

Hello,

Just to let you know…

Your “In Rainbows” discbox has now left w.a.s.t.e. in the UK.
It is now too late to make address changes or order cancellations.

You can expect delivery of your discbox in the following estimated times.

UK 1-8 days
Europe 3 -14 days
Rest of World 5-18 days

December is a busy time of year for postal services globally, so please be patient.

We thank you for your custom and hope you enjoy your discbox when you receive it.

Best wishes.
us @ w.a.s.t.e.


XDDDDD

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

2008, por favor!

Cansei de 2007. Cansei dos discos, dos filmes, e de várias outras coisas de 2007. Cansei do formato desse blog. 2007 foi ótimo, mas já foi. Acabem logo esse ano, por favor. Ando precisando daquela dose farta de entusiasmo dos primeiros de janeiros. Mais alguém?

"Next Year, things are gonna change,
Gonna drink less beer and start all over again
Gonna read more books, gonna keep up with the news
Gonna learn how to cook, spend less money on shoes
I’ll pay my bills on time, and file my mail away, everyday
Only drink the finest wine, and call my Gran every Sunday"

("Next year", Jamie Cullum)

domingo, 18 de novembro de 2007

quando eu penso que acabou...

...Terminal Guadalupe e Vanguart decidem marcar shows no Rio.

19/11 - segunda-feira
Final do B de Banda:Mobile Drink, Macanjo, Bhang, Crombie e Monotube.
Encerramento: TERMINAL GUADALUPE
Ingresso: R$20 Lista Amiga: R$12
Local: Teatro Odisséia. Av, Mem de Sá, 66 – Lapa.
Abertura: 20h

20/11 - terça-feira e 21/11 - quarta-feira
VANGUART e PERROSKY (Chile) no Cinemátheque Jam Club
Local: Rua Voluntários da Pátria, 53 - Botafogo - RJ
Abertura da casa às 19h. Show às 22h
Couvert Artístico: R$ 20 até as 23h30 após R$ 25 e R$ 15 (lista amiga: vanguart@gmail.com)

Vamos?

sábado, 17 de novembro de 2007

preferências



Minha banda preferida coverizando possivelmente minha música preferida.
Valeu meu sábado.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Dias de Sampa

Estou indo para São Paulo daqui algumas horas. Volto quarta, 14/11.
Bloggo de lá. Ou não.

sábado, 3 de novembro de 2007

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

um dia inútil

o meu cérebro definitivamente não funciona acima de certas temperaturas.

domingo, 28 de outubro de 2007

Ressaca pós-TIM


Todos os shows foram ótimos. Mas acabou. Meu corpo dói e eu não consigo sequer escrever uma linha decente sobre ontem para YMSK. Ressaca não-alcóolica total.

1) Girl Talk
2) Björk
3) The Killers
4) Hot Chip
5) Arctic Monkeys
6) Anthony & The Johnsons
7) Juliette & The Licks
8) Spank Rock

Cancelaram o palco de novas bandas brasileiras e eu nem consegui chegar perto da tenda de funk para ver o Diplo.


*eu sou um péssimo fotógrafo e um tratador de imagens pior ainda.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Falando a verdade...

...não foi nada de labirintite. É que ela, a Feist, sou que não ia assisti-la, aí achou melhor cancelar. Mals'aê.

No mais, as melhores três semanas de 2007 (e da minha vida? huh?) começam amanhã.

De 25/10 à 16/11, na ordem:
Anthony And The Johnsons
Björk
Hot Chip
Arctic Monkeys
Vanguart (?)
Del Rey (?)
Montage (?)
Juliette & The Licks
The Killers
Spank Rock
Girl Talk
Diplo
Supercordas
Lucy & The Popsonics (?)
Tokyo Police Club
Pato Fu (?)
Datarock
Instituto apresenta "Racional" (?)
Datarock
Lily Allen
Cansei de Ser Sexy
Devo (?)
Vitalic (?)
The Rapture
Kasabian
The Field
LCD Soundsystem
LCD Soundsystem

Dá para acreditar?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

um dia (quase) perfeito

Primeiro, dormi até tardão, tipo umas 15 horas direto.

Depois, ganhei DE GRAÇA, NA FAIXA, SEM PAGAR NADA um ingresso por LCD SOUNSYSTEM em São Paulo e ainda APARECI NO LÚCIO RIBEIRO.

Aí, me liga a Globo.com falando que eu fui aprovado no programa de estágio de lá, e que eu estou contratado, começando a trabalhar na terceira semana de novembro, depois do show do LCD Soundsystem.

Quando chego no atual estágio (Observatório da Imprensa, TVE Brasil), falo que estou saindo em Novembro e além dos parabéns pelo novo estágio recebo vários cumprimentos bacanas, do tipo "você foi um dos melhores estagiários que passaram por aqui", "vamos sentir sua falta mesmo" e outras piadas internas. E eu acho que foram todos sinceros.

Na reunião de pauta, fico com a responsabilidade de fazer toda a pré-produção de um programa inteiro sobre direitos autorais. Lembrando: eu sou só um estagiário.

Elogios de papai, mamãe e cachorros pela conquista. Comemoração marcada.

Um dia perfeito, não?

Só faltava ela ligar daqui uns 15 minutos dizendo que me ama e tudo mais, não acham?

Eu acho.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

i have no idea what i'm talking about

- Entrevista de estágio (3 à 4 horas)
- Trabalho (6 horas)
- Faculdade (3 horas)
- Trânsito
- "In Rainbows"
- Terminar 3 textos
- Comprar passagem
- Arrumar mala
- Dormir
- Viajar

E tudo isso até a manhã de sexta-feira.

sábado, 6 de outubro de 2007

o Festival do Rio, o incêndio, o Radiohead e o resto

Eu tenho dormido muito mal. Daí vem o mal humor, a preguiça, a falta de saco, etc. E isso não tem nada a ver com o resto do mundo. Só que dá para as coisas acontecerem de uma maneira racional, por exemplo, cada coisa de uma vez?

Enfim...

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O Festival do Rio acabou e o saldo foi bom, mas acho que um pouco inferior ao ano passado. Estava mais vazio, a seleção de filmes brasileiros estava menos quentes e quase toda atenção ficou com o "Tropa de Elite", que eu não vi. (E já estreou. E estou com preguiça de ir até o cinema). Tiveram grandes filmes ("Control" e "Sonhando Acordado", principalmente), claro, mas acho que faltou uma grande surpresa, como foi o "Proibido Proibir" ano passado. Uma penca de filmes eu não vi por que vão para o circuitão e vários outros por que a preguiça me impediu ("Paranoid Park", "Kurt Cobain: Retrato de Uma Ausência", "Déficit" e "A Era da Inocência"). De qualquer forma seguem as últimas mini-resenhas e a lista final. Eu ia tirar uma foto bacana com todas as entradas. Não tirei.

- "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" (Cristian Mungiu, 2007) - Nota: 8,5
É muito triste e muito forte. Mungiu levou a Palma de Ouro exatamente por conseguir extrair grande beleza desse mundo cão. Bela e inusitada fotografia.

- "Controle, A História de Ian Curtis" (Anton Corbjin, 2007) - Nota: 10,0
É tão maravilhoso quanto se espera. Não vale falar que é uma ótima história. É impressionante ver o quanto da fotografia Corbjin trouxe para o cinema, às vezes parece que o filme ~soa fotos em movimento de tão impactantes que são. Não tinha como dar erado e não deu.

- "O Búfalo Da Noite" (Jorge Hernandez Aldana, 2007) - Nota: 3,0
É um daqueles filmes que você sabe que alguém errou, mas não dá para precisar exatamente quem. O roteiro é confuso, vai e volta no tempo, se perde em tentar fazer o espectador acreditar que o filme é sobre outra coisa que não sobre a loucura. A direção também se perde na tentativa de fazer o do filme um thirller, um filme de terror, de suspense, para no final o filme não ser nada mais do que um romance poético. Difícil aceitar um filme cujo ponto forte é a trilha do Mars Volta.

- "I'm Not There" (Todd Haynes, 2007) - Nota: 9,0
É o filme-biografia mais interessante formalmente que você vai ver em muito tempo. Todd Haynes estilhaça Dylan em 6 personas diferentes para fazer disso uma grande investigação do mito, e não da pessoa. Não é um filme sobre Robert Allen Zimmerman (para isso, veja o "No Direction Home" do Scorcese), é sobre Dylan, ou melhor, é sobre a mania da cultura pop de construir seus próprios ídolos.

FESTIVAL DO RIO 2007 - Lista Final
1) "Controle, a História de Ian Curtis" (Anton Corbjin, 2007) - 10,0
2) "Sonhando Acordado" (Michel Gondry, 2006) - 10,0
3) "O Expresso Darjeeing" (Wes Anderson, 2007) - 9,5
4) "I'm Not There" (Todd Haynes, 2007) - 9,0
5) "A Via Láctea" (Lina Chamie, 2007) - 9,0
6) "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" (Cristian Mungiu, 2007) - 8,5
7) "Annie Leibovitz: Vidas Retratadas" (Barbara Leibovitz, 2007) - 8,5
8) "Império dos Sonhos" (David Lynch, 2007) - 8,0
9) "Cashback" (Sean Willis, 2006) - 8,0
10) "Shortbus" (John Cameron Mitchell, 2006) - 7,5
11) "Antiga Alegria" (Kelly Reichardt, 2006) - 6,5
12) "Em Paris" (Christophe Honoré, 2006) - 4,5
13) "I'm A Cyborg, But That's OK" (Chan-wook Park, 2006) - 3,5
14) "O Búfalo da Noite" (Jorge Hernandez Aldana, 2007) - Nota: 3,0
15) "Garçonete" (Adrienne Shelly, 2007) - Nota: 1,0
16) "Onde Andará Dulce Veiga?" (Guilherme de Almeida Prado, 2007) - Nota: zero

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A UERJ pegou fogo. É, fogo. Com direito a bombeiros, plantão na Globo e vários fotos que parecem vindas do Iraque. Segundo o reitor e o diretor do minha faculdade, a situação está normalizada, depois de uma semana. As aulas voltam segunda. Detalhe: o laudo final só sai em 30 dias. Ou seja, a idéia é arriscarmos nossas vidas durante um mês, saca?

Justo agora que as coisas pareciam estar no caminho certo.

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Além disso tem o disco do Radiohead. Eu fico feliz de ter feito uma das primeiras matérias (a primeira?) do Brasil sobre o disco, tipo dez horas da noite de domingo passado. Fiquei muito empolgado com toda história do "quer pagar quanto?" e isso de certa forma foi a causa da minha decepção. A reação ficou muito aquém do esperado, tanto do público comum, quanto do especializado. Parece que todo mundo ficou "ah, o Radiohead vai lançar um novo disco. ok, sigamos com nossas vidas".

Ninguém está se ligando ao fato de que a banda mais importante do mundo acaba de se por forada maneira que a música pop é comercializada desde de seu início. Para o Radiohead, não há mais gravadoras. E é você quem decide quanto vale a música deles. A indústria fonográfica acabou, e quem está dizendo isso é só o Radiohead.

E, oras, é o disco novo do Radiohead.

By the way, eu não paguei nada pelo disco. Queria a tal da DISCBOX, mas esse mês a grana está curta.

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Planeta Terra dia 10 de novembro, LCD Soundsystem e The Field no dia 13.

Partiu São Paulo. Quase confirmadão.

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Essa opinião é da minha mãe, e nos últimos dias tenho concordado com ela: preciso cuidar mais de mim.

Não é?
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"Gotta find my destiny, before it gets too late."

("24 Hours", Joy Division)

domingo, 30 de setembro de 2007

Festival Do Rio: "Antiga Alegria", "Cashback", "A Via Láctea", "Império dos Sonhos", "O Expresso Darjeeeing", "Em Paris"

"Like A Virgin" caiu e "Paranoid Park" foi reagendado para segunda-feira.

- "Antiga Alegria" (Kelly Reichardt, 2006) - Nota: 6,5
A impressão que dá quando a tela escurece e o título orginal do filme toma o grande retângulo escuro é que apesar de ser exibido como tal, "Antiga Alegria" não é cinema. "Antiga Alegria" é uma canção folk filmada. Uma dessas que a aMérica nos dá em profusão. Poderia até ser escrita por Will Oldham (conhecido também como Bonnie "Prince" Billy), que intepreta um dos personagens. Mesmo que os 76 minutos sejam prazerosos, a história contada neles não se encaixa na tela grande. É pequena demais, sengela demais, particular demais. Perfeita, para uma folk song.

- "Cashback" (Sean Willis, 2006) - Nota 8,0
"Cashback" é uma comédia romântica estranha. Tem mocinho, mocinha, conflito, citações de cultura pop bem encaixadas, e, claro, tem final feliz. Mas o personagem principal é um insône, que consegue parar o tempo. E a mocinha é a caixa do supermercado onde se passa a maior parte do filme. E o filme não chega a explicar por que o cara consegue parar o tempo e porque ele perde a capacidade de dormir. E também não chega a desenvolver a relação entre os protagonistas, tudo acontece sem mais explicação. Mas é divertido, dá esperança (como uma boa comédia romântica deve dar) e é extremamente bem filmado nas cenas em que o tempo pára.

- "A Via Láctea" (Lina Chamie, 2007) - Nota: 9,0
É um filme-poesia. Se compromete muito pouco com a linearidade e te ganha por isso. Merece ser revisto quando chegar ao circuitão.

- "Império dos Sonhos" (David Lynch, 2006) - Nota: 8,0
Nem quem (diz que) entendeu os outros filmes de Lynch vai conseguir encarar "Império dos Sonhos" e sair perfeitamente normal da sala de cinema. Filmado todo em digital, o filme manda qualquer idéia de se contar um história (a primeira meia hora até tenta) às favas e delira ( e apavora) por quase 2h30 de projeção. Instigante, no mínimo.

- "O Expresso Darjeeing" (Wes Anderson, 2007) - Nota: 9,5
É o melhor filme Wes Anderson. Tem todas as boas características de seus outros filmes (o humor nerd, os personagens excêntricos, as citações de cultura pop, o mesmo grande time de atores, a fotografia colorida e inusitada), só que no caso tudo é bem amarrado e menos forçado do que nos seus outros filmes. E ainda tem o tão falado curta "Hotel Chevalier" com Natalie Portman nua de aperitivo.

- "Em Paris" (Christophe Honoré, 2006) - Nota: 4,5
É ligeiramente divertido. E só. O filme se perde várias vezes nunca história pequena demais para se perder.

Próximos: "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias", "Controle, a história de Ian Curtis" e "Paranoid Park"

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Festival do Rio: "Sonhando Acordado" (de novo) e "Annie Leibowitz: Vidas Retratadas"

- "Sonhando Acordado" (Michel Gondry, 2006) - Nota: 9,75
Acabei vendo de novo com uns amigos e achei ainda melhor. Sim, é (quase) tão bom quanto "Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças". Uma resenha mais aprofundada (e merecida) é possível por aqui.

- "Annie Leibovitz: Vidas Retratadas" (Barbara Leibovitz, 2007) - Nota: 8,5
Não sou muito fãs de documentários e acho difícil classificar o gênero como cinema (talvez televisão, jornalismo ou algo do tipo), porém, não há como negar a beleza deste sobre a grande fotógrafa da Rolling Stone (e depois Vanity Fair, Times e Vogue). Claro que bastante dessa beleza é devido às beles imagens de Annie Leibovitz que ilustram os depoimentos e a entrevista com a fotógrafa. O bônus é ver a produção de um ensaio para a Vogue durante as filmagens de "Maria Antonieta" (de Sofia Coppola) com os astros Kirsten Dunst e Jason Schwartzman.

Próximos: "Antiga Alegria", "Cashback" e "A Via Láctea"

domingo, 23 de setembro de 2007

Festival do Rio: "Shortbus", "Garçonete" e "Onde Andará Dulce Veiga?"

- "Shortbus" (John Cameron Mitchell, 2006) - Nota: 7,5
Não era minha intenção ver esse de início (o plano era ver "Nome Próprio", que foi fechado para convidados). Acabei encaixando esse, e por mais que todo aquele sexo explícito projetado na tela pudesse, o diretor foi inteligente o suficiente para usar esse excesso como um meio e não como um fim. Aquelas pessoas estão frustradas com tudo, e o sexo é uma dessa coisas. Claro que lá pelo meio do filme cansa um pouco, chegando a ficar gratuito, mas é um grande filme por saber usar o sexo não apenas como um elemento pra chocar, como na maioria dos filmes americanos.


- "Garçonete" (Adrienne Shelly, 2007) - Nota: 1,0
O filme está sendo vendido (junto com vários outros) como o novo "Little Miss Sunshine", numa tentativa de repetir o sucesso daquela peróla que encantou a todos anos passado e só não levou o Oscar pela monstruosa dívida que a Academia tinha com Scorcese. Mas então, é o novo "little Miss Sunshine"? Não. Nunca. Nem a pau. O filme é uma típica fábula hollywoodiana, com final feliz e edificante, uma mocinha bonitinha e sofredora, além uma trilha sonora que deixa muito a desejar. Só faltou a Julia Roberts, a Meg Ryan ou uma similar mais jovem. Salvam-se alguns poucos diálogos (ácidos e quase-engraçados) e todas as cenas que aparecem tortas que dão uma fome de doer a barriga. No mais, passe bem longe quando chegar aos cinemas.


- "Onde Andará Dulce Veiga?" (Guilherme de Almeida Prado, 2007) - Nota: Zero
Constrangedor. Caio Fernando Abreu está se torcendo no túmulo. Não que eu seja um daqueles que acha abominável qualquer adaptação de literatura para cinema, mas o que fizeram nesse caso é coisa de mandar prender, contar as duas mãos e furar os dois olhos. Transformaram uma grande história sobre solidão, num noir de quinta, só que ao invés do preto e branco, a nossa retina é distraída por uma direção de arte e fotografia que parece saída de um especial da Globo, ou um daqueles filmes da Xuxa do começo dos anos 90 ("Xuxa contra o baixo-astral", lembra?). Eriberto Leão prova que só serve como escada em alguma novela do Carlos Lombardi, além de usar uma versão piorada do cabelo do Tom Hanks em "Código da Vinci" (imagine isso!). Carolina Dieckman até se esforça pra se desvencilhar da imagem pura e cândida que ganhou na TV (ela cheira, fuma, injeta heroína, paga peitinho, 'canta' punk,e outra coisas 'radicais'), mas é só mais uma bonitinha e ordinária do horário nobre. O final do filme é um estupro brutal à obra. É tão constrangedor, mas tão constrangedor que é difícil de descrever. Enquanto no original, o personagem vai embora, sozinho, refletindo sobre a própria solidão, no filme há um musical com o mocinho beijando a mocinha debaixo da chuva. Cuidado Manoel Carlos, você está sendo roubado!


Próximos: "Sonhando Acordado" (de novo) e "Annie Leibovitz: Vidas Retratadas"

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Festival do Rio: "Sonhando Acordado" e "I'm a Cyborg, but that's Ok"

- "Sonhando Acordado" (Michel Gondry, 2006) - Nota: 9
Lembra aqueles clipes do começo de carreira da Björk? Então, em "Sonhando Acordado", o Gondry revisita aquela estética quase-tosca no que podemos chamar de a primeira comédia romântica psicodélica. Valeu a pena esperar.

- "I'm A Cyborg, But that's OK" (Chan-wook Park, 2006) - Nota: 3,5
É visualmente belo, mas a história passada num sanatório sobre uma garota que ahca que é uma ciborgue não consegue chegar a lugar nenhum. Pretensão demais, competência de menos.

Próximos: "Shortbus" e "Garçonete"

terça-feira, 18 de setembro de 2007

1/2 mês, 2 semanas e 15 dias...de Cinema

O Festival de Cinema do Rio começa nessa próxima quinta (com o "Tropa de Elite", que eu não vi pirata e nem vejo no Festival) e meu roteiro é o seguinte:

21/09 - SEXTA
14h - "Sonhando Acordado": o semi-novo do Michael Gondry que estou esperando desde o Festival passado abre mina programação com expectativas lá no alto. Foi o único filme que eu tentei baixar na minha vida - e não deu certo.
16h45 - "I'm A Cyborg, But That's OK": é o diretor de "Old Boy", que eu não vi, mas todo mundo fala. O título é o máximo. Primeiro salto no escuro da minha programação.


21h30 - "Nome Próprio": filme protagonizado pela Leandra Leal (que também tem um blo bacana chamado Alice Me Persegue), uma das minhas atrizes preferidas da nova geração. É baseado num livro da Clara Averbuk que eu não li. (eu leio pouco mesmo)

22/09 - SÁBADO
16h30 - "The Waitress": filme que já vem sendo chamado de "Little Miss Sunshine 2" por vir do cinema independete americano com força para chegar nas premiações de Hollywood (Oscar, Glob de Ouro, sindicatos). Expectativa alta.

23/09 - DOMINGO
14h15 - "Onde Andará Dulce Veiga?": é muito mais pelo Caio Fernando Abreu (autor do livro) do que por qualquer outra coisa. A presença da Maitê Proença no elenco me deixou com um pouco de medo. Segundo salto no escuro.

25/09 - TERÇA
13h30 - "Annie Leibovitz: Vida Retratadas": documentário sobre a famosa fotógrafa, que tem uma penca de imagens clássica pra Rolling Stone gringa. É de graça.~Se for ruim (o que acho difícil), nem dá pra reclamar.

26/09 - QUARTA
20h - "Antiga Alegria": gostei da sinopse, e vi que tem o Will Oldham (conhecido musicalmente como Bonnie "Prince" Billy) no elenco. Terceiro salto no escuro.

27/09 - QUINTA
16h - "Cashback": outro com a sinopse interessante. Quarto salto no escuro.
21h15 - "A Via Láctea": dos brasileiros foi o que mais me interessou. É com o Marco Rica e com uma dessas novas atrizes bonitas da nova geração. Lembrando que o a seleção nacional ano passado me deu "Proibido Proibir" ano passado. É a aposta.

28/09 - SEXTA
12h - "Império dos Sonhos": novo do David Lynch. Ninguém sabe se vai ser exibido nas especificações que o maluco fez (e que gerou a falta de distribuidora nos EUA). Eu sei que não vou entender. E daí?
19h - "O Expresso Darjeeling": novo do Wes Anderson, com o irmão Wilson suicida, Andrien Brody e Jason Schwartzman e uma história bem maluca. E Bill Murray. E Angelica Houston.
24h - "Like A Virgin": estou vendo pra minha irmã poder ver também. Quarto salto no escuro.

29/09 - SÁBADO
14h - "Paranoid Park": acho o Gus Van Sant um puta cineasta, inclusive essa última fase dele, que chega ao terceiro filme (depois de "Elephant" e "Last Days") com este. Se o pessoal de Cannes fez até maracutaia pra premiar o filme é porque deve ser bom, né?
16h30 - "Em Paris": filme francês com boa sinopse. É c0om aquele ator novo bacana que fez sonhadores e me foge o nome. Quinto salto no escuro.

30/09 - DOMINGO
17h30 - "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias": grande vencedor de Cannes em 2007 e trocadilhado por mim no título do post (como eu sou sagaz!). Filmes do leste europeu e quaisquer cinematografias afins não costumam despertar meu interesse (apesar de eu ter visto um bom filme israelense final de semana passado), mas a Palma pesa nesse caso.

01/10 - SEGUNDA
16h30 - "Controle, a história de Ian Curtis": sem dúvidas o que eu mais esperava nesse Festival. Chance nula de ser uma merda. O título ficou brega, numa tentativa falha de ficar mais comercial (o brasileiro comum conhece o Ian Curtis?). O original ou até mesmo só "Controle" ficaria mais bacana.
21h30 - "Déficit": estréia do Gael Gárcia Bernal na direção, com música no Devendra Banhart na trilha. A sinopse é até interessante, mas tenho minhas ressalvas.

02/10 - TERÇA
16h - "Kurt Cobain: Retrato de uma Ausência": documentário sobre o Kurt feito a partir de sei lá quantas horas de entrevistas com o cara.

03/10 - QUARTA
19h15 - "O Búfalo da Noite": baseado num livro do Guillhermo Arriaga (autor dos roteiros dos filmes do Alejandro Iñarritú) e com uma atriz bonita que eu não conheço numas fotos que eu vi. Sexto salto no escuro.

04/10 - QUINTA
17h30 - "I'm Not There": o filme dos 6 Bobs Dylans.
24h - "A Era da Inocência": novo longa do Denys Arcand de "O Declínio do Império Americano" e de "As Invasões Bárbaras". Pela hora da sessão, fecha o festival.

A idéia é blogar a cada novo filme, com as minhas impressões, mas o tempo urge e nem sei se vai rolar.

Que o cinema salve nossas vidas...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

how i realise how i wanted time

A citação do título é do Joy Division, "24 Hours", uma das preferidas. Descreve bem o momento. Sem tem, sem tempo. Coelho da Alice total.

As últimas semanas tem sido lotadas de acontecimentos estranhos e eu devia falar sobre eles. Mas não. Tem muita coisa pela frente e eu realmente não posso ficar falando e pensando no que já foi, posso?

Muito trabalho, aulas em dois turnos diferentes, umas 10 matérias pra escrever (pra faculdade, pra ymsk, pra mim), uns 3 ou 4 trabalhos pra próximas semanas, várias coisa pendentes pro centro acadêmico, várias conversas pra ser ter, várias coisa pra pensar, várias coisas pra ouvir, várias coisas pra ler, três viagens agendadas (São João Del Rey, P4 e SP), alguns shows, o Festival do Rio chegando...

Sem tempo!

O que há de mais legal nessa história (se é que há) é que mesmo com tanta coisa mal resolvida, eu não consigo nem começar a pensar nisso. E, de certa forma, é bem melhor não pensar. Por enquanto.

Por exemplo, esse post acaba aqui. E deve ter uns mil erros ortográficos porque foi digitado na pressa. Tem um show do Vanguart aqui no Rio e ele tem que virar matéria pra amanhã. To correndo.

domingo, 2 de setembro de 2007

what was i thinking when i said it didn't hurt?



Concorde comigo: Jeff Twedy tem uma música para qualquer situação da sua vida.

Eu ainda consigo dizer alguma coisa que provoque uma reação. Qualquer reação.

Granada de mão? Agora?

terça-feira, 28 de agosto de 2007

1, 2, 3, 4...

Já vai ser bem chato perder o show da Feist no TIM Festival...



...agora imagine se ela trouxesse todo o Grizzly Bear e o Mates Of State, metade do The National, o Carl Newman (New Pornographers), o namoradão Kevin Drew (solo e Broken Social Scene) e mais alguns desconhecidos como coral?

sábado, 25 de agosto de 2007

nuvens, muros e carros desgovernados

Paira nas últimas semanas uma nuvem um tanto espessa de melancolia. Os dias continuam frios, apesar do sol forte, do inverno já estar no fim e de estarmos no Rio de Janeiro. Mas mesmo que o céu esteja tão azul quanto há tempos eu via, a tal nuvem imaginária esta ali, parada, imóvel e me seguindo. Não, ela não me envolve. Pelo menos ainda não me envolveu.

Agosto tem sido um mês chato, bem chato. Tedioso, na verdade. Odeio essa história de ficar de semi-férias, de ficar fazendo porra nenhuma só parte do dia, e não o dia inteiro. Pela primeira vez em algum tempo, eu tenho um certa rotina. Há algum tempo precisava disso, eu acho. Cansei. Daqui há uns dois dias toda essa rotina vai se dissolver num caos, ou numa falta de tempo para qualquer coisa essencialmente divertida, que eu nem quero pensar. Aí, talvez a nuvem chegue de vez, e eu volte a ouvir o "The Queen Is Dead" e coisas da carreira solo do Morrissey várias vezes por semana, tenha vontade de rever "Lost In Translation" tanta vezes quanto possível. Ou não.
O mundo anda melacólico - olhe os jornais! - e eu teria todas as razões para estar. Seja por causa da música, seja pela falta completa de racionalidade dos meus instintos, há um esperança quase irritante que não quer me deixar. Irritante porque me mantém com os mesmos desejos na cabeça. Qualquer pessoa racional, eu acho, desistiria, se entregaria a nuvem e tempos depois levantaria a cabeça e partiria pra outra. Mas essa esperança, um carro quase desgovernado, não vira a esquina nem desliga o motor. Sempre em frente. O problema é que pode haver um muro, um poste ou algo suficiente duro para estraçalhar comigo, logo ali.

Óbvio, que o muro não é tão óbvio - pelo menos eu não quero que seja. Antes eu não tivesse dado um tiro no próprio pé naquele dia. Aí, tudo seria bem mais claro e fácil de lidar. Não teria tanto medo assim de bater de cara no muro, nem me afundar e chafurdar na melancolia da tal nuvem. Tudo poderia ser e ter sido mais normal. Ter um caminho só, sem tantas distrações e esquinas e paradas bruscas e outros carros correndo ao mesmo tempo. Concordo com Rob Fleming: meus instintos não tem cérebro, definitivamente. Ainda mais completamente entorpecidos de etanol.
Enfim, nada resolvido. E que permaneça assim até setembro. Agosto está chato demais pra um surto completo.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Run, Livio, Run

Sim. O meu TIM Festival vai ser uma correria só.

http://ymskblog.blogspot.com

No dia 26, começo com show do Anthony and the Johnsons (20h), depois da Björk (umas 21h30). Aí, saio correndo para o palco do Hot Chip com Arctic Monkeys, que começa 23h30. Ainda não sei se dou uma passada no palco das divas, para ver a Feist, e talvez a Cat Power. Certo é que não perco o show do Vanguart por nada.

Dia 27, domingão, vai ser um pouco mais traqüilo. Ou não. Às 8 da noite vejo as loucurinhas da Juliette Lewis, depois a megalomania de Brandon Flowers e os Killers. Talvez rolem algumas horinhas de descanço, antes da programação do TIM Festa, no qual devo cair mesmo para tenda do mash-up, com Spank Rock e Girl Talk. Quem sabe até eu dê uma chegadinha para ver "qual é" a desse "Funk Global".

Aí, na segunda, eu tento dormir. Ou não.

domingo, 19 de agosto de 2007

"Antes que eu me esqueça", Vanguart

antes que eu me esqueça
da minha cabeça
escreve teu nome
nesse papel

já faz algum tempo
que não somos amigos
E eu quero esquecê-la
renovar meu abrigo

mas o tempo é piada
enquanto eu sou quase
nada
e eu só penso em tê-la
antes que eu me esqueça
da minha cabeça

e o que resta é tão pouco
como eu sou pouco contigo
mas você em mim exagera
e és meu mais novo vacilo

vou me distrair, vou
pestanejar, vou
engatilhar, talvez
disparar e ai de você
se não me entender
não faças caso, ou vou me
perder entre chuva má ou
mágoa sem cessar
como um dia frio longe do
mar e ai de você se não
me entender eu vou
quebrar teus olhos
você vai se entregar.

**********************
Será mesmo?
Enfim, não sei.
Volto logo a postar mais por aqui, acho.

sábado, 28 de julho de 2007

I'm only what I see sometimes



"Fireworks", Animal Collective ("Strawberry Jam", 2007)

domingo, 15 de julho de 2007

SENSACIONAL

Eu nasci no mesmo dia que o Ian Curtis. Olha só!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Eu acredito nos riffs

Eu não gosto de Junho nem de Julho. O argumento astrológico (para quem acredita) é que esses dias antes do aniversário marcam o que chama-se de inferno astral, período de turbulências lá nos astros que acabam afetando nossas vida.

Baboseria ou não, eu nunca gostei muito de Junho e nem de Julho. Sério, acho que percebi isso com uns 14 ou 15 anos, e fez tanto sentido que coloquei essa conclusão num daqueles pedestais imaginários de grandes certezas pessoais que a gente às vezes tira do armário para exibir ou consolar.

As últimas semanas, te digo, não foram nada fáceis. Muita coisa aconteceu, muita coisa mudou e eu ainda estou tentado me acertar nesse novo traçado de algumas áreas da minha vida. Há muita coisa a resolver, e eu nem sei por onde começar.

Mas eu me conheço o suficiente para saber que surtar agora não é uma idéia bem vinda. Pelo contrário, Foco, meu caro, a apalvra de ordem é Foco. E lucidez.

Sorte que eu ainda tenho o rock para me por no caminho certo. Como só ele é capaz, o rock é uma das poucas coisas que conseguem trazer um pouco de estabilidade. Não sei se me faço compreender, mas sabe um daqueles dias atolados de outros pequenos problemas em que você chega em casa tão cansado que tudo que você queria era um prato de qualquer comida e um colchão fuleiro? Aqueles dias caóticos em tudo o que você procura é um pouco de estabilidade que te faça abstrair, ou melhor, colocar em perspectiva todos os grandes problemas? E de repente você se depara com um disco de rock, cheio de riffs e me melodias ganchudas e letras que mesmo que obviamente não sejam feitas para você acabam sendo feitas para você.

É aí que está um dos grandes trunfos do rock. Essa capacidade de te por de pé, de te fazer olhar no espelho e pensar "você consegue, garotão". Tudo na capsula de um bom riff de guitarra.

Poucas sensações são melhores do que chegar em casa, ligar o computador, baixar um disco novo e descobrir que aqueles minutos de download valeram muito a pena e se deleitar com novos riffs, novas melodias, novas tiradas espertas.

Na verdade, todo esse texto é por causa desses efeitos provocados pelo segundo trabalho dos gaúchos do Superguidis, "A Amarga Sinfonia Do Superstar". O título do post vem de "Riffs", faixa escondida que encerra o disco. E que disco! São rocks fodidos, cheios de bons riffs e letras espertas, com tiradas mais espertas ainda. O álbum de estréia prometia, mas nem nas minhas melhores especulaçóes eu esperava tanto deles.

"A Amarga Sinfonia Do Superstar" é fácil um dos discos do ano. E melhor que isso, ele é o MEU disco de agora, desse momento, desse feeling. Aquela faísca de estabilidade espontânea que eu tanto busco na música.

Por isso, obrigado, muito obrigado meu querido rock n' roll.

domingo, 1 de julho de 2007

getting better

5 músicas para começar julho com sorriso na cara

"Getting better", The Beatles (1967)
Uma das minhas preferidas do "Sgt. Pepper's". Título do post porque as coisas têm que melhorar.


"Grip like a vice", The Go! Team (2007)
Quebra-assoalho que antecede "Proof Of Youth", segundo disco do The Go! Team. Eles fizeram antes (Klaxons, ShitDisco, Kubichek!), e agora fazem melhor.


"Show your hand", Super Furry Animals
Tudo até que corria bem depois de tudo aquilo que aconteceu nas últimas semanas. Aí vem um galês amalucado e me faz essa coisa linda que é o single novo do Super Furry Animals. Daquelas para complicar (para o bem) o que você tá sentindo.


"Supermercado do amor", Orquestra ImperialÉ mais ou menos o que o Gang Of Four quis dizer há quase 30 anos atrás com "Damaged goods", só que em versão sambinha tropicalista com a vozinha sexy da Nina Becker.


"Ceremony", New Order
Minha preferida do New Order sempre foi "Age Of Consent", mas ultimanente "Ceremony" tem batido forte. Do tipo que dá MUITA vontade de ser feliz.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Nothing's changed, I still love you...

...oh, I still love you.
Only slightly, only slightly less than I used to, my love.




Pena que é mentira.

sábado, 23 de junho de 2007

my heart's burning up, my head divide

A vontade mesmo é de ficar batendo a cabeça da parede, enquanto escuto as distorções matadoras de Kevin Shields em "You never should", música obrigatória do primeiro disco do My Bloody Valentine ("Isn't Anything", 1988).

Um tipo estranho de tédio consome minhas horas, há umas duas semanas. Não é falta do que fazer, é pura falta de coragem para fazer alguma coisa. Na verdade, pendências não faltam: trabalhos para entregar, centenas de páginas para ler, MUITA coisa para escrever (jornalisticamente, ou não), milhares de e-mails para serem enviados, decisões a tomar...

Mas aí eu me pergunto, por que não agora?

O fato é que, para mim, junho costumeiramente é um mês de crise, de má sorte, em que tudo se dá ao luxo de sair um pouco dos trilhos, no pior dos sentidos.

Meus 19 anos se aproximam e os milhares de projetos que zunem pela minha cabeça são sabotados por um pouco dessa letargia trazida por Junho, um mês em que o lá-fora costuma ser muito mais belo (o frio, o sol fraco, o céu cheio de estrelas) do que o aqui-dentro.

Fico pensando se foram realmente erradas - em relação a mim - as últimas atitudes que tomei, e chego a conclusão que não. Se toda minha argumentação até aqui foi que certas coisas são completamente independetes de outras (mesmo que sejam, na verdade, da mesma natureza), então acho que não devo acumular mais culpa do que as antigas. Fui eu quem apertou o gatilho, mas o alvo era outro, não o meu próprio pé.

Chega de desculpas. Chega de culpas. Chega de pensar em todos os amanhãs. Pensar em todos os amanhãs é pura auto-sabotagem disfarçada de esperança dos que já perderam a esperança. E eu já devia ter aprendido essa lição.

O que eu preciso mesmo é de um tapa na cara, porque das doses de vodka barata eu já desisti.

A trilha sonora do meu agora seria "Gonna make you love me" do Ryan Adams, não pela letra, mas por todo aquele climão de "ainda-sorrindo-depois-de-tudo-garotão". Pena que o meu "Gold" ficou perdido no meio desse tudo.

Não tem muito como ser diferente. Eu vou tentar mais uma vez. (E quantas mais for preciso).

terça-feira, 19 de junho de 2007

piada interna #01

Uma cerveja quente, por favor!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

temporada de tietagem - ou - tudo pelo bom jornalismo

Está decido: os 600 e tantos reais que vou receber de um trabalho no Panamericano serão gastos com uma viagem de 5 dias acompanhando os três shows do Arctic Monkeys no Brasil e todo o resto do Tim Festival.

São Paulo e Curitiba me esperem.
É tudo pela causa jornalística.
(Alguém aí me descola uma credencial de imprensa?)
Partiu-bombô leski.

domingo, 17 de junho de 2007

Adaptação




Por algum motivo que eu ainda não descobri acordei com esse diálogo abaixo retirado de "Adaptação" (2002, direção do Spike Jonze, roteiro do Charlie Kaufman, atuação brilhante do Nicolas Cage). O trecho é bem no final do filme, que merece muito ser visto.

É realmente intrigante acordar com esse diálogo na cabeça, porque vi esse filme já faz uns três anos. O inconsciente prega umas peças pra lá de bizarras, uh?

Quando acordei fui direto para TV para ver se ia passar em algum canal, o que inflelizmente não aconteceu. Praguejei por ser domingo e todas as locadoras estarem fechadas. Então desisti e fui ver "Alta Fidelidade" pela zilhonésima vez, para ver se pelo menos o velho Rob Fleming me confortava. Sempre funciona.

Enfim, o diálogo.

******************************************
Charlie Kaufman: There was this time in high school. I was watching you out the library window. You were talking to Sarah Marsh.
Donald Kaufman: Oh, God. I was so in love with her.
Charlie Kaufman: I know. And you were flirting with her. And she was really sweet to you.
Donald Kaufman: I remember that.
Charlie Kaufman: Then, when you walked away, she started making fun of you with Kim Canetti. It was like they were making fun of me. You didn't know at all. You seemed so happy.
Donald Kaufman: I knew. I heard them.
Charlie Kaufman: How come you looked so happy?
Donald Kaufman: I loved Sarah, Charles. It was mine, that love. I owned it. Even Sarah didn't have the right to take it away. I can love whoever I want.
Charlie Kaufman: She thought you were pathetic.
Donald Kaufman: That was her business, not mine. You are what you love, not what loves you. That's what I decided a long time ago.
Donald Kaufman: Whats up?
Charlie Kaufman: Thank you.
Donald Kaufman: For what?

******************************************

It's mine, that love, you know. Don't you?

sábado, 16 de junho de 2007

pós-chopada

eu nunca pensei que existissem tantos lugares no corpo para se sentir dor.

sábado, 9 de junho de 2007

hoje eu gravei uma mixtape

...na verdade um mix cd, mas com 2 lados definidos e até uma bonus track.
da idéia inicial até a gravação foram quase 4 meses de muito vasculhar nos meus arquivos (musicais e sentimentais).
20 músicas, 10 de cada lado, mais bonus track. 19 artistas diferentes.
estou orgulhoso dela. mas ninguém faz mixtape para si mesmo, faz?

21 MADE UP LOVE SONGS
uma compilação por Livio Vilela
LADO A
"Wouldn't it be nice?", The Beach Boys
"She's got you high", Mumm-Ra
"Made up love song #43", Guillemots
"O mais vendido", Mombojó
"Do you realize?", The Flaming Lips
"You're so great", Blur
"Dirty version", Voxtrot
"Sleeping lessons", The Shins
"505", Arctic Monkeys
"I want you (she's so heavy)", The Beatles

LADO B
"You got the silver", The Rolling Stones
"Should've been in love", Wilco
"I want you", Bob Dylan
"Firecracker", Ryan Adams
"You really got me", The Kinks
"12:51", The Strokes
"Heroes", David Bowie
"Starring at the sun", TV On the Radio
"Deixe-se acreditar", Mombojó
"Young folks", Peter, Björn & John featuring Victoria Bergsman


BONUS TRACK
"God only knows", The Beach Boys

truffaut sabe das coisas



("Jules et Jim", 1962, François Truffaut)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

she's got you high

She's got you high and you don't even know yet
She's got you high and you don't even know yet
The sun's in the sky, it's warming up your bare legs
You can't deny you're looking for the sunset

She's got you high and you don't even know yet
She's got you high and you don't even know yet
It's the search for the time before it leaves without you
Have you lost your mind or has she taken all of yours too?
What's this about? I figured love would shine through
We've lost romance, this world has turned so see through
Open your mind, believe it's going to come to
Keep romance alive and hope she's going to tell you

She's got you high and you don't even know yet
She's got you high and you don't even know yet
The sun's in the sky, it makes for happy endings
You can't deny you want a happy ending

What's this about? I figured love would shine through
We've lost romance, this world has turned so see through
Open your mind, believe it's going to come to
Keep romance alive and hope she's going to tell you

She's got you high
She's got you high
She's got you high

What's this about?
I figured love would shine through
We've lost romance, this world has turned so see through
Open your mind, believe it's going to come to
Keep romance alive and hope she's going to tell you

She's got you high




("She's got you high", Mumm-Ra, 2007)

domingo, 3 de junho de 2007

frase de efeito #02

Você vai ter que morrer para eu parar de sorrir.

(Felipe S, "Singular")

domingo, 27 de maio de 2007

frase de efeito #01

Minhas tempestades são muito maiores que meus copos d'água.

feeling, feeling, feeling


Deve ser a sexta ou sétima vez que ouço o "Unknown Pleasures" do Joy Division em menos de dois dias.


Anda fazendo frio, muito mais do que o de costume para o final de maio. E, apesar da chuva, o mundo parece ainda mais árido e desprovido de alguma beleza do que há meses atrás, sem a chuva.

Dois dias de boas noites de sono e ainda me sinto cansado demais, estressado demais, esgotado demais para tentar fazer alguma coisa certa. Ou pelo menos fazer alguma coisa. Mas, oras, por que eu? Só eu?

Desconversar, por que não?

Nosso cinismo, antes tão divertido, está por corroer nossos últimos lampejos de honestidade. E de vergonha na cara.

Avise ao mundo: precisamos de esperança. A mais doce melodia injetada direto no coração. Ou então, o que mais prezamos (ou diziamos que prezávamos) não dura até o Inverno.



Porque, afinal, alguém tem que estar ouvindo. Nós, talvez?

sexta-feira, 25 de maio de 2007

repeteco:

...o mundo continua uma merda, mas meu cabelo tá perfeito.

volto já.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

oom bop bop good vibrations!



aí, a vida anda com um humor bem melodia-do-brian-wilson, ou é só aparência?
de qualquer forma, canta comigo:

i'm pickin' up good vibrations!
oom bop bop good vibrations!

terça-feira, 8 de maio de 2007

barulho e confusão

Muito barulho.
Muita confusão.



Maio começou agitado.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

better burn out than to fade away?

"23 DE ABRIL
Recesso


A banda Los Hermanos comunica a decisão de entrar em recesso por tempo indeterminado. Por conta disso não há previsão de lançamento de um novo disco.

A pausa atende a necessidade dos integrantes de se dedicarem a outras atividades que vieram se acumulando ao longo desses dez anos de trabalho ininterrupto em conjunto. Não houve desentendimento ou discordância que tenha afetado nossa amizade tanto que continuamos jogando truco toda quinta-feira.

Por conta dessa decisão, mesmo após o término da turnê do "4", resolvemos fazer duas únicas apresentações no Rio de Janeiro, na Fundição Progresso nos dias 8 e 9 de junho. Até lá."



Né?

domingo, 22 de abril de 2007

stop me if you think you heard this one before

A melhor música desse ano é a melhor música de 20 anos atrás.


Stop me, oh, stop me.

Essa música tem uma das melhores citaçãoes de bêbado de todos os tempos:

"Oh, so I drank one
It became four
And when I fell on the floor ...
...I drank more!"

sábado, 21 de abril de 2007

the world was a mess...



...but his hair was perfect!

quinta-feira, 19 de abril de 2007

momentos de reflexão com o pe. roque schneider 1.0

Resenharia o mundo se tivesse tempo.

terça-feira, 17 de abril de 2007

cafeína ou nada!

Faculdade, estágios, programa Rumos Itaú Cultural, documentário sobre a TV Muro, coluna, blog, produtora de vídeos, jornal da faculdade, projeto de iniciação científica, choppada, clipe do Maxïmo Park, francês, shows, discos, livros, filmes, viagem com a turma, curso de webdesign,...

Café?

**********************************************
Ainda não ouvi o disco do Arctic Monkeys, nem o do Manic Street Preachers, nem o do Nine Inch Nails, nem do Travis, nem o da Patti Smith, nem do Simian Mobile Disco nem o do Bright Eyes, nem o do The Field, nem o do...

Café?

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Ainda não vi 300, nem Um Beijo A Mais, nem Sunshine, nem Ventos da Liberdade, nem a cinegrafia completa do Truffaut e do Woody Allen, nem o trailer...

Café?

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Ainda não resolvi nenhuma daqueles problemas emocionais, relacionamentais, filosóficos, familiares, psicológicos, pósmodernos...

Café?

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Café?

sábado, 14 de abril de 2007

decent days and nights

Bati meu recorde: em 5 dias, foram 100 horas acordado para apenas 20 dormindo. Eu preciso de cama.

sábado, 31 de março de 2007

wouldn't it be nice?

Urucubaca. Março não foi um mês, foi uma estadia de 744 horas no Inferno!

Para não dar azar, amanhã eu acordo ouvindo Beach Boys no último volume.

eis o outono...



Vindo de dois álbuns que insistiam em algum experimentalismo para realçar a força das melodias de Jeff Tweedy, o Wilco de "Sly Blue Sky" aparece sóbrio e, como sempre, dolorosamente belo.

"Sky Blue Sky" é trilha perfeita para esse outono. É música para um domingo à noite depois de uma fim de semana agitado. Verão? Deixa o verão para mais tarde. O álbum traz as mesmas referências uqe fizeram do Wilco uma das bandas mais bacanas de sua geração. Estão aqui: o country-rock, o folk, o blues, as pitadinhas de rock alternativo (R.E.M. e Replacements), o power pop e até um pouco de soul. Jeff Tweedy é gênio, e isso não é só um clichê, como também a mais pura verdade. Tweedy tem o dom de escolher as palavras exatas, as vírgulas corretas e pontos finais precisos para descrever tanto esse sky blue sky quanto nosso heart confused heart. E nas poucas vezes que lhe falta palavras, sobra-lhe melodias. E os melhores solos de guitarra, desde que inventaram solos de guitarra.

O que mais eu preciso nesse outono além de um bom solo de guitarra?

O Outono sempre foi minha estação preferida: sem chuvas, sem calor, sem frio e sem os insetos irritantes da primavera. Ok, faz nenhum sentido falar em outono nesse calor infernal que está fazendo aqui no Rio. Mas eu cresci em Passa Quatro, e lá falar de outono e das outras estações faz pelo menos um pouco de sentido. Se o clima não muda, aqui dentro imperam revoluções. Se os excessos do verão me confundem um tanto, no outono fica tudo bem mais claro. O que é complicado continua complicado, porém se sabe peplo menos o porquê dessa complicação e confusão toda.

Nesse "Sly Blue Sky" não há muito espaço para o cinza das nuvens e da confusão. As melodias e os pensamentos fluem claros, sem escapatória pro coração. Depois de muito esconde-esconde do sol e de tudo, o que resta é escolher o lugar e a palavra (que parecem) certos.

Adeus confusão, o Outono chegou.


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5 músicas para esse outono


"Impossible Germany", Wilco:

"Uma Alemanha impossível,
Um Japão improvável.
É para isso que o amor serve.
Para nos por num lugar
belo e sozinho
cara a cara".


A melhor faixa de "Sky Blue Sky" não precisava ter uma letra assim. Mas tem. Ela não precisava ter o melhor solo de guitarra desde "At least that's what you said" (do prórpio Wilco), mas tem. Ela não deveria ser meu hitzão do outono. Mas é.


"The Golden Age", Beck:
Essa é o outono inteiro em uma única canção. Do disco triste do Beck, "Sea Change". "Put you hands on the wheel / let the golden age begin". Eu obedeço.

"Notice", Gomez:
O Gomez pode não ser uma grande banda para discos ("Bring It On", melhor da banda ainda passa longe da perfeição), mas não há como negar que eles sempre colocam umas 3 ou 4 canções fantásticas em cada um deles. "Notice" é uma das três de "How We Operate", de 2006 (as outras, "Girlshappedlovedrug" e "Charlie Patton songs") e desde da primeira nota me nocauteou sem muita explicação. Acontece como aconteceu deles te fazerem perder a cabeça por aquela "Tijuana Lady" do "Bring It On". No caso de "Notice", eles te fazem perder a cabeça por uma garota que não percebe o que acontece ao seu redor, nem as mentiras que contam pra ela. Acontece.

"Dirty Version" , Voxtrot:

B-side da banda nova prefira da casa, então, coisa séria. Balada lo-fi conduzida por um violão preguiçoso, noises de guitarra e teclado tão sutis que parecem coisa da sua imaginação, além de uma voz feminina mais preguiçosa e sutil que o resto da faixa. "Eu vou de leste à oeste nesse lugar / Meus pés nos seus passos / Gritando mais alto do que um tiro / Eu ainda não terminei com você". Como disse, coisa muito séria.

"Parisian Skies", Maxïmo Park:

Punk magoado com pé no freio e letra construída com várias rimas estranhas. Parece pouco, mas me pegou de jeito. Pecado mundando que fecha o disco novo do Maxïmo Park, banda de punk magoado com pé no freio e letras construídas com várias rimas estranhas. Viciante e sem sentido como o Maxïmo Park.

sábado, 24 de março de 2007

24/03/2007, 1:00 AM

Nesse momento deve ser quase 1h da madrugada. Eu não estou na frente de um computador. Ainda divido o PC com minha irmã, e enfim, ele não fica no meu quarto. Escrevo à mão. Irônico.


No som agora toca "Mesmo que mude", da Bidê Ou Balde. No repeat. Antes já rolaram algumas novas do Maxïmo Park (as doloridas "By the monument" e "Parisian skies"), o disco novo do Rakes (bunda), as duas legais do novo do Kaiser Chiefs ("Ruby", "Love's not a competition (but I'm winning)", além de bastante coisa do debut do Voxtrot. E Bidê Ou Balde.


Não sou fã de Bidê Ou Balde. Dois álbuns OK, um nem tão OK. O que rola agora é o "nem tão OK". Tem duas músicas bacanas na verdade. E "Mesmo que mude".
O caso é o seguinte: tive uma conversa de MSN esses dias que estava baseada no refrão de "Mesmo que mude", e, por mais que a pessoa do outro lado do monitor não soubesse de nada, a conversa toda me fez chegar a algumas conclusões interessantes.


Primeira e óbvia: eu gosto pra caralho de "Mesmo que mude". É simples, é direta, é docinha, magoadinha. Dá pra dançar. Dá também pra chorar (eeeeeeeemo!). Dá pra sorrir também. E dá pra cantar junto. Pop perfeito. Uma vida inteira em três minutos.


Segunda e menos importante (porque na verdade eu já havia chegado até aqui antes): tem coisa que nunca vão embora. Elas continuam ali, se transformando em outras. Parece brega e muito mais profundo do que é na verdade, mas algumas coisas ("coisas" é para ser mais genérico) são como aquele ciclo da água que a gente aprende em eras imemoriais do ensino fundamental. Á água cai do céu. Vai pro Rio. Chega ao mar. Evapora. E cai de novo. E é a mesma água. Idiota e brega como eu tinha dito, porém um bom exemplo pra exemplificar minha conclusão.


Terceira, última e importante: tá tudo muito fodido. Depois de algumas crises, que mais pareciam falácias de auto-misericórdia entediada (valeu, Moz!). Agora, repito, tá tudo muito fodido. TÃO FODIDO, MAS TÃO FODIDO que te digo que algumas música do New Order tão fazendo um sentido absurdo. Pode (e deve) fazer nenhum sentido (a conclusão de que o New Order tá fazendo sentido, nãoo fato do New Order fazer sentido, saca?), mas pra mim isso é uma situação muito bizarra e realmente desesperadora. Tá tudo muito fodido mesmo.


Tão fodido que eu vou colocar New Order, só de masoquismo. New Order velhão, anos 80, antes da "Substance". Masoquismo puro.


Afinal, é preciso dar vazão aos sentimentos, mesmo que eles mudem. E o trocadilho foi babacão. Eu sei. Até os trocadilhos tão fodidos.
Rezemos.

quinta-feira, 22 de março de 2007

this is it!


A minha primeira coluna no Your Mother Should Know está no ar, a THIS IS IT. É sobre discos novos e novidades. Na estréia traz os melhores e piores discos do ano de 2006, resenhas dos Shins, do Arcade Fire e do Patrick Wolf (foto), além de notinhas sobre Maria Antonieta e Tokyo Police Club. Depois vou colcar uns textos aqui também. Passa lá, tá bacana.


AQUI, Ó! THIS IS IT, MANÉ!





trilha do post: "Parisian skies", Maxïmo Park

noite passada um livro salvou minha vida



Esses dias tenho feito um coisa que me prometi fazer há alguns meses: reler "Alta Fidelidade". Comecei quando decidi organizar as coisas e fazer uns tops-alguma-coisa-da-minha-vida-hoje. Depois, no embalo, decidi fazer uma mixtape para alguém que, digamos, anda merecendo uma mixtape.


Pode parecer conversa, mas essas coisas bobas me deixam bem pra caralho. Sabe, organizar as idéias em tópicos, taxidermizar os pensamentos dão a estranha (e ilusória) sensação que está tudo no lugar, mesmo não estando. Reconfortante, saca?

Reconforto também é a sensação que reler "Alta Fidelidade" 2 anos depois. Exato (ou qause) 2 anos depois. Me lembro de quão na merda eu estava há uns 2 anos atrás. Crise existencial brava. Quando eu entendi que o que eu mais queria era o que me fazia mais mal, descobri também que não queria mais nada. E, então, nada passou a fazer algum sentido. Vazio.

A verdade é que, de alguma forma, há dois anos atrás, entre tantas outras canções, entre tantos outros filmes, ler "Alta Fidelidade" meio que salvou minha vida.

Rob Fleming sou eu. Parece clichê pros fãs de Nick Hornby, mas é verdade. Sabe TODAS aquelas divagações sobre pop, girls, etc? Então, antes mesmo de ver o filme, eu já tinha feito TODAS elas. E foi reconfortante saber que alguém - mesmo um alguém inventado - parecia comigo. Ou pelo menos conseguisse pôr TODAS aquelas divagações pra fora.

O mais curioso de tudo é que ainda é extremamente reconfortante ler "Alta Fidelidade" e me descobrir naquelças linhas. mesmo que eu tenha invluntariamente incorporado esse ar mais grown up boy na minha personalidade e na minha cara (uns fiapinhos a mais de barba e só). Mesmo que, bem, eu saiba melhor quem é Livio Vilela e o que ele tem que fazer, TODAS aquelas divagações ainda fazem um puto dum sentido.

E enquanto sentido fizer, eu continuo aqui: tops pondo ordem na cabeça, mixtapes para alguém que anda merecendo uma mixtape pondo ordem ordem no coração.




trilha do post: Voxtrot - EPs, Singles & B-sides
(taí uma banda que podia salvar tua vida)

sábado, 17 de março de 2007

dica do dia

Nunca, repito, nunca deixem de organizar suas mp3s por mais de um mês se você for downloader voraz como Livio Vilela.

sexta-feira, 16 de março de 2007

it's totally...

Você chega em casa, depois de um dia de trabalho duro, em que tudo que podia dar errado efetivamente dá errado, então você pensa:

- Porra, tem um bando de gente no South By Southwest! E eu não!

Só que você tá em casa, fodido, mal pago e, ainda por cima, tem lidar com futilidades inventadas por alguém com um senso de humor muito alterado, do tipo: amor (ou sexo), sexo (ou amor), família, paciência, hypes, calorias, meu-deus-eu-ainda-não-vi/ouvi/li-isso, minha-coluna-tá-atrasada, meu-blo-tá...

Aí te vem na cabeça uma música assim:

Cotton candy and a rotten mouth
You know you're so fucked up
You know I couldn't help but have it for you

And everybody knows the way I walk
And knows the way I talk
And knows the way I feel about you
It's all a bunch of shit
And there's nothing to do around here
It's totally fucked up
I'm totally fucked up
Wish you were here

And streets that only turn to boulevards
And houses with back yards
and it's raining like hell on the cars
And everybody knows the way I walk
And knows the way I talk
Knows the way I feel about you
It's all a bunch of shit
And there's nothing to do around here
It's totally fucked
I'm totally fucked
Wish you were here

And if I could have my way
We'd take some drugs
And we'd smile
We'd smile
We'd smile
But not tonight, my dear
Wish you were here
Wish you were here
Wish you were here
Wish you were here



Então, tudo faz um pouco de sentido. E você finge que sorri. E pensa, um daqueles pensamentos em que você pensa que tá cantando bem alto, quase um grito, ou melhor, um grito lá do fundo do teu [piegas]CORAÇÃO[/piegas]:

- Wish you were heeeeeeeeeeeeeeere!



quinta-feira, 15 de março de 2007

TOP 70 DISCOS

Os 70 discos que importam na minha vida em 15de março de 2007, às 23:20. Eu tenho certeza que cometi algumas injustiças na ordem. Foda-se. Ta aí.



01) "Ok Cumputer", Radiohead (1997)





02) "Loveless", My Bloody Valentine (1991)
03) "Pet Sounds", The Beach Boys (1966)
04) "The Queen Is Dead", The Smiths (1986)



05) "Achtung Baby", U2 (1991)
06) "A Rush Of Blood To The Head", Coldplay (2002)
07) "Abbey Road", The Beatles (1969)


08) "Gold", Ryan Adams (2001)
09) "(What's The Story) Morning Glory?", Oasis (1995)
10) "If You're Feeling Sinister", Belle And Sebastian (1996)


11) "Ventura", Los Hermanos (2003)
12) "The Beatles", The Beatles (1968)
13) ”The Bends", Radiohead (1995)
14) "Yankee Hotel Foxtrot", Wilco (2002)
15) "Let It Bleed", The Rolling Stones (1969)
16) "Logic Will Break Your Heart", The Stills (2003)
17) "Entertainment!", Gang Of Four (1979)
18) "Technique", New Order (1989)
19) "London Calling", The Clash (1979)
20) "Parklife", Blur (1994)
21) "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", The Beatles (1967)
22) "Closer", Joy Division (1980)
23) "Low", David Bowie (1977)
24) "Heartbreaker", Ryan Adams (2000)
25) "The Smiths", The Smiths (1984)
26) "Bloco Do Eu Sozinho", Los Hermanos (2001)
27) "Grace", Jeff Buckley (1994)
28) "Heaven Up Here", Echo And The Bunnymen (1981)
29) "Goo", Sonic Youth (1990)
30) "Is This It?", The Strokes (2001)
31) "The Velvet Underground And Nico", The Velvet Underground (1967)
32) "Definitely Maybe", Oasis (1994)
33) "The Dark Side Of The Moon", Pink Floyd (1973)
34) "Kid A" Radiohead (2000)
35) "Remain In Light", Talking Heads (1980)
36) "Dois", Legião Urbana (1986)
37) "Pinkerton", Weezer (1996)
38) "Transatlanticism", Death Cab For Cutie (2003)
39) "Lapalco", Brendan Benson (2002)
40) "Slanted And Enchanted", Pavement (1992)
41) "Heroes", David Bowie (1977)
42) "The Clash", The Clash (1977)
43) "Power, Corruption And Lies", New Order (1983)
44) "Odelay", Beck (1996)
45) "Clube Da Esquina", Milton Nascimento E Lô Borges (1972)
46) "Funeral", The Arcade Fire (2004)
47) "Nevermind", Nirvana (1991)
48) "Smile", Brian Wilson (2004)
49) "Tropicália", Vários (1968)
50) "New Adventures In Hi-Fi", R.E.M. (1996)
51) "Siamese Dream", The Smashing Pumpkins (1993)
52) "War", U2 (1983)
53) "Turn On The Bright Lights", Interpol (2002)
54) "The Man Who", Travis (1999)
55) "Who's Next", The Who (1971)
56) "Unknown Pleasures", Joy Division (1979)
57) "Low-life", New Order (1985)
58) "Blonde On Blonde", Bob Dylan (1966)
59) "Either/Or", Elliott Smith (1997)
60) "Hunk Dory", David Bowie (1971)
61) "Exile On Main Street", The Rolling Stones (1972)
62) "Revolver", The Beatles (1966)
63) "You Could Have It So Much Better", Franz Ferdinand
64) "Parachutes", Coldplay (2000)
65) "Psychocandy", The Jesus And Mary Chain (1985)
66) "Return To Cookie Mountain", TV On The Radio (2006)
67) “II”, Led Zeppelin (1969)
68) “Violator”, Depeche Mode (1990)
69) "Viva Hate", Morrissey (1988)
70) "The Head On The Door", The Cure (1985)



trilha do post: "Sleeping lessons", The Shins

terça-feira, 13 de março de 2007

pílulas de conformismo

No Rio, às vezes, é assim: quem pode, aumenta o ar condicionado não para aliviar o calor, mas para evitar o barulho do tiroteio.

segunda-feira, 12 de março de 2007

perdido no supermercado

Eu não consigo viver sem ter um blog.

Ok, é claro que vivi uns tantos tempo sem um blog, mas eles não existiam ou pelo menos eu não sabia que eles existiam.

Pode fazer nenhum sentido para quem nunca teve um blog, mas acho que esse vício vem da sedutora idéia de que um blog permite que nós possamos expressar nossos random thoughts about NOTHING da maneira que quisermos. Ou seja, EDITED random thoughts about nothing. Eu sei, um blog é só uma grande mentira reprocessada por um bom editor de texto. (...but I like it!).

When The Stars Go Blue. Don't Panic. Bittersweetheart, Bittersweetheart. Pop Bloody Pop. Realismo Convincente. Perdido No Supermercado.

Há uma linha condutora: A Música. (ou a cultura pop, se preferirmos algo mais abrangente.)

Ryan Adams. Coldplay. Ed Harcourt. U2 (mas prefiro falar que é Black Sabbath). Mombojó. The Clash. "A música sempre vai ser importante."



Esse título, para quem não sabe (?), vem da música "Lost In The Supermarket", oitava faixa de "London Calling", terceiro do The Clash ("the only band that matters"), topzão aqui e em qualquer listinha do mundo inteiro.

Em linhas gerais, a música é sobre um ser humano soterrado pelo excesso de informação. (gastação intencional, semelhança com a realidade não). É um daqueles milagre das música pop: o que renderia uma tese de doutorado, fica ali condensado num dos melhores refrões de todos os tempos. Canta comigo:

"I all lost in the supermarket
I can no longer shop happily
I came in here for that special offer
A guaranteed personality"

E o Perdido No Supermercado é sobre isso. Ou não. Random thoughts about nothing, lembra?


Pegue seu carrinho. Vamos às compras!