sábado, 23 de junho de 2007

my heart's burning up, my head divide

A vontade mesmo é de ficar batendo a cabeça da parede, enquanto escuto as distorções matadoras de Kevin Shields em "You never should", música obrigatória do primeiro disco do My Bloody Valentine ("Isn't Anything", 1988).

Um tipo estranho de tédio consome minhas horas, há umas duas semanas. Não é falta do que fazer, é pura falta de coragem para fazer alguma coisa. Na verdade, pendências não faltam: trabalhos para entregar, centenas de páginas para ler, MUITA coisa para escrever (jornalisticamente, ou não), milhares de e-mails para serem enviados, decisões a tomar...

Mas aí eu me pergunto, por que não agora?

O fato é que, para mim, junho costumeiramente é um mês de crise, de má sorte, em que tudo se dá ao luxo de sair um pouco dos trilhos, no pior dos sentidos.

Meus 19 anos se aproximam e os milhares de projetos que zunem pela minha cabeça são sabotados por um pouco dessa letargia trazida por Junho, um mês em que o lá-fora costuma ser muito mais belo (o frio, o sol fraco, o céu cheio de estrelas) do que o aqui-dentro.

Fico pensando se foram realmente erradas - em relação a mim - as últimas atitudes que tomei, e chego a conclusão que não. Se toda minha argumentação até aqui foi que certas coisas são completamente independetes de outras (mesmo que sejam, na verdade, da mesma natureza), então acho que não devo acumular mais culpa do que as antigas. Fui eu quem apertou o gatilho, mas o alvo era outro, não o meu próprio pé.

Chega de desculpas. Chega de culpas. Chega de pensar em todos os amanhãs. Pensar em todos os amanhãs é pura auto-sabotagem disfarçada de esperança dos que já perderam a esperança. E eu já devia ter aprendido essa lição.

O que eu preciso mesmo é de um tapa na cara, porque das doses de vodka barata eu já desisti.

A trilha sonora do meu agora seria "Gonna make you love me" do Ryan Adams, não pela letra, mas por todo aquele climão de "ainda-sorrindo-depois-de-tudo-garotão". Pena que o meu "Gold" ficou perdido no meio desse tudo.

Não tem muito como ser diferente. Eu vou tentar mais uma vez. (E quantas mais for preciso).

4 comentários:

Anônimo disse...

Que deprimente, meu caro, esse ar de "estou profundamente arrasado" não combina com você....Seja alegre, a vida é boa, ela é feita de flores, e prozac, muito prozac....

Até mais...

Ah, arranjei minha musa, minha inspiração, não foi uma pessoa, foi um filme, as Crônicas de Narnia, a história do Lewis me fez lembra do Tolkien, o motivo pelo qual eu escrevo....taí, ele é minha musa.....

Anônimo disse...

Que deprimente, meu caro, esse ar de "estou profundamente arrasado" não combina com você....Seja alegre, a vida é boa, ela é feita de flores, e prozac, muito prozac....

Até mais...

Ah, arranjei minha musa, minha inspiração, não foi uma pessoa, foi um filme, as Crônicas de Narnia, a história do Lewis me fez lembra do Tolkien, o motivo pelo qual eu escrevo....taí, ele é minha musa.....

Anônimo disse...

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

Nani disse...

você não tem como saber se as coisas vão dar errado. às vezes elas dão, mas podiam ter dado certo... pelo menos você tentou. e continue tentando que algum dia dá certo.

(essas coisas abstratas são tão legais)